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Polícia Brasil
Segunda - 16 de Abril de 2007 às 07:04
Por: Fabíola Tormes

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Ex-vereador por Tangará da Serra, João Damas Neto, conhecido como Netinho, foi assassinado na noite do último sábado, por volta das 21h15, em um bar, na Vila Portuguesa.

De acordo com testemunhas que estavam com ele no momento, Netinho tinha acabado de chegar de viagem e estava no local com amigos quando Francisco Xavier Kaveicznski chegou e disparou quatro tiros na vítima, fugindo do local. O acusado mora próximo ao local do crime.

De acordo com o Sargento da Polícia Militar, J. Francisco, que atendeu a ocorrência, o acusado, após cometer o crime tomou rumo desconhecido fugindo numa moto vermelha.

O proprietário do local, amigo da vítima, Vanderlei Maieski, disse que estava nos fundos e não viu como aconteceu. “Só ouvi os disparos”. Outro amigo, que estava sentado ao lado de Netinho disse que Francisco chegou do lado da vítima e disparou os tiros. O Corpo de Bombeiro atendeu a vítima que chegou morta a Unidade Mista de Saúde.

POSSÍVEIS MOTIVOS - No dia 18 de março de 2002, Netinho e mais um grupo de vereadores e empresários foram presos numa ação coordenada pelo Delegado Ronan Gomes Villar, indiciados por formação de quadrilha e corrupção. No bojo das suspeitas estava a concessão do serviço de abastecimento de água para a inciativa privada e a morte do vereador Daniel Lopes da Silva (Daniel do Indea). Na noite desse mesmo dia, Francisco Xavier Kaveicznski, o autor dos disparos contra o ex-vereador Netinho, foi chamado pelo delegado Ronan para ser ouvido e mais tarde foi arrolado como testemunha de acusação contra Netinho.

De acordo com o que se pode apurar na época dos fatos, Franscisco Xavier havia comentado no balcão da loja onde trabalhava, que teria ouvido o ex-vereador Netinho fazer algumas afirmações acerca do processo de concessão da água, informações essas que comprometiam o então vereador. Alguém que teria ouvido os comentários do vendedor avisou a polícia, que por sua vez o convocou a depor.

Informações obtidas pelo DS junto a diversas pessoas ligadas ao autor dos disparos, sugerem que o ex-vereador teria entrado com processo na Justiça por calúnia e difamação contra Francisco Xavier e que nos últimos dias frequentava muito a região próxima onde mora o autor dos disparos, na Vila Portuguesa, anunciando inclusive que tomaria com essa ação, a casa onde mora Francisco. Ainda segundo as mesmas pessoas, há aproximadamente quinze dias passados os dois tiveram uma discussão bastante áspera, quase chegando a vias de fato.

De acordo com os relatos, Francisco Xavier, procurou um casal para cobrar a devolução de um dinheiro que havia emprestado a eles e na oportunidade o ex-vereador Netinho encontrava-se presente, onde teria comprado as dores do casal, dando de dedo no Francisco e inclusive chegando a dar-lhe alguns empurrões.

Amigos de Francisco Xavier ouvidos pelo DS, negam que ele tenha feito qualquer comentário sobre esse episódio, mas que depois dele, o sentiram muito triste e cabisbaixo mas sem denotar qualquer motivação para o crime.

Francisco Xavier Kaveicznski, 45, era vendedor em uma loja de materiais de construção na avenida Ismael José do Nascimento e João Damas Neto era proprietário de um pequeno supermercado no bairro Residencial Alto da Boa Vista, onde morava, e também realizada negócios de compra e venda de veículos.

Netinho morre aos 45 anos, deixando mulher e dois filhos, um de 17 e outro de 10 anos.

BUSCA – A polícia continua na busca do acusado, mas sem sucesso até o fechamento desta edição.





Fonte: Diário da Serra

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