Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Segunda - 16 de Abril de 2007 às 05:22

    Imprimir


O comando do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) precisou analisar alguns fatores para focar melhor seus ataques ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entre eles, o incentivo do governo à expansão da cultura da cana-de-açúcar e a tentativa de o movimento recuperar parte de seu referencial crítico esvaziado no primeiro mandato do petista.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, a decisão foi tomada pelos líderes do movimento após a declaração de Lula de que os usineiros brasileiros, antes considerados "bandidos", estão virando "heróis mundiais".

Os usineiros, alguns ligados a denúncias de trabalho escravo, são considerados inimigos pelos sem-terra. Junto a isto, a avaliação do movimento de que, ao incentivar a produção do álcool, o governo ajuda a inflar o número de bóia-frias. O MST teme que o avanço desse tipo de trabalho agrícola, alinhado à consolidação do Bolsa Família, desmobilize parte da base do movimento.

Dívida Em entrevista à Folha, um dos diretores nacionais do MST, o economista João Pedro Stedile afirmou que o governo Lula está em "dívida" com os sem-terra.

"Seu governo (de Lula) não fez reforma agrária. Faremos a avaliação crítica do que não funcionou e o motivo", disse ele, referindo-se ao que será tratado na reunião que o MST quer ter com o presidente Lula.

Stedile disse ainda que espera que a gestão petista "recupere" alguns de seus compromissos históricos, realizando a reforma agrária e mudando o modelo de política econômica.




Fonte: Terra

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/232203/visualizar/