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Nacional
Domingo - 15 de Abril de 2007 às 19:23

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Brasília - O pedido de ajuda do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, para que as Forças Armadas atuem nas ruas da cidade para combater a violência "é uma iniciativa positiva, enquanto reconhecimento da gravidade da situação de criminalidade", como afirmou o professor de Sociologia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Inácio Cano.

Ele ressaltou, porém, em entrevista à Rádio Nacional, que a exemplo de atuações anteriores, a presença do Excército nas ruas "não vai mudar o quadro de insegurança na cidade". A medida passa uma percepção de segurança, no seu entender, mas "a solução depende muito mais da capacidade de investigar e desarticular o crime organizado".

Nesse ponto, Cano acredita que a criação de forças-tarefa, com ajuda da Polícia Federal para a investigação de organizações criminosas, dá melhor resultado no combate efetivo à violência. "São elas [as organizações criminosas]que movimentam a insegurança e a violência". Ele lembrou, também, que as Forças Armadas não têm treinamento específico para segurança pública; mas sim, para segurança nacional.

O professor da Uerj defende que a ajuda federal deveria ser na linha de financiamentos, na prevenção com a juventude, com moradores de áreas carentes e na criação de policiamento comunitário. Somado a isso, mais investimentos em investigação do crime organizado, que "está por trás da maior parte dos casos de violência nas metrópoles brasileiras", acrescentou.





Fonte: Agência Brasil

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