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Estudo com células-tronco pode transformar Amazonas em referência nacional no tratamento de doença cardíaca
O projeto da Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Fhemoam), em parceria com o grupo de cardiologia do Hospital Estadual Francisca Mendes, prevê o trabalho, ao longo de 12 meses, com 30 pacientes de Manaus, homens e mulheres, com idade entre 18 e 75 anos e que não sejam diabéticos.
O cardiologista Jaime Arnez explica como será feito esse trabalho e afirma que a pesquisa é pioneira na região amazônica. “Durante nossa pesquisa vamos implantar no coração dos pacientes previamente selecionados células-tronco que nos ajudarão a melhorar o funcionamento do coração do portador de insuficiência cardíaca e, conseqüentemente, garantir a ele melhora em sua qualidade de vida. Além disso, a Fundação Hemoam e o Hospital Francisca Mendes, parceiro desse trabalho, serão os primeiros desta região a trabalhar conjuntamente com indivíduos que possuem insuficiência cardíaca nesta região”, afirma.
De acordo com a doutora em Imunologia Adriana Malheiros, responsável pelo projeto, as células-tronco serão tiradas do próprio paciente, por coleta de sangue. “Depois que o paciente passar por um tratamento específico, dele mesmo será extraída a célula-tronco. A seleção e preparação das células será feita no Hemoam e a implantação dessas células será realizada no hospital Francisca Mendes”, informa.
Adriana também acredita que o resultado da pesquisa poderá contribuir para o tratamento de doentes cardíacos em todo o Brasil. Ela revela que o sucesso dessa pesquisa pode proporcionar o atendimento a pacientes de doenças auto-imunes e até de indivíduos com problemas no fígado, por exemplo.
“Esse trabalho é inédito no Norte do Brasil. É a primeira vez que um estudo como esse é desenvolvido fora da cidade do Rio de Janeiro, onde estão concentrados os centros de estudo pioneiros nesse campo. Estamos animados com essa perspectiva porque, de acordo com a reposta desses pacientes poderemos expandir essa terapia para um universo maior de pacientes. É possível fazer dessa pesquisa uma terapia eficaz pelo restante do País”.
O trabalho tem financiamento do Ministério da Saúde e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam). Por enquanto, os pesquisadores aguardam o parecer do Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) para iniciar o acompanhamento dos pacientes em Manaus. A expectativa é que o Conep autorize o início dos trabalhos a qualquer momento.
De acordo com o Banco de Dados do Sistema Único de Saúde (Datasus), existem no Brasil atualmente 6,5 milhões de pacientes com insuficiência cardíaca. Em 2000, o gasto com esses pacientes no Sistema Único de Saúde (SUS) chegou a R$ 203 milhões.
Adriana Malheiros explica que células-tronco, ou células-mãe, são células existentes no interior dos ossos e capazes de gerar novas células e diferentes células do organismo. “As células-tronco têm essa denominação por terem a capacidade de regenerar células do sangue e de diversos tipos de tecidos que compõem o corpo humano. As células da pele, por exemplo, só podem constituir a pele mas, as células-tronco podem constituir diferentes tecidos no organismo”.
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