Maggessi será convocada pela corregedoria
A parlamentar e o delegado também serão convocados a depor, segundo a corregedora. A gravação, feita em outubro, consta do inquérito da Operação Gladiador, da PF, que visava desarticular uma suposta quadrilha de policiais que daria proteção aos contraventores Fernando Iggnácio e Rogério Andrade. O inspetor Helinho foi um dos presos.
O delegado Alexandre Neto, da Divisão Anti-Seqüestro declarou que processará Marina. Afirmou que vai entrar na Justiça com ações civil e penal contra a parlamentar.
Neto acusou Marina de "prender bandidos de fora e proteger bandidos de dentro" quando ela ocupou a chefia da Coordenadoria de Inteligência da Polícia Civil (Cinpol) entre 2003 e 2004. "Nessa época, ela deve ter colhido provas contra mim e os policiais ligados ao Álvaro Lins", falou, em tom de ironia.
O delegado disse acreditar que a inspetora queira mesmo matá-lo. "Ela está tentando arregimentar alguém para me matar. Tentou o Helinho, mas ele não aceitou e agora busca outro", disse.
Sobre as declarações de Neto, Marina voltou a dizer que não cometeu crime e que se sente injustiçada. "Fui exposta de maneira absurda em uma conversa íntima. Não houve trama para matar. Só falei aquilo em um momento de indignação contra as atitudes deste delegado", disse.
O presidente do PPS, Roberto Freire (PE), tentou colocar panos quentes sobre a denúncia contra a deputada, mas afirmou que a legenda está aguardando as justificativas de Maggessi: "Foi uma força de expressão dura, mas não houve nenhuma ameaça. Espero que ela esclareça rapidamente. A vida dela na institutição policial é limpa", defendeu Freire.
O presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), afirmou que o órgão está atento à denúncia: "vamos aguardar e se alguém representar contra ela, vamos escolher logo o relator para analisar o caso", disse.
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