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Domingo - 15 de Abril de 2007 às 08:25

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Três audiências públicas, uma delas programada para este domingo, estão mobilizando a população do Araguaia no debate à proposta de mudança do traçado da BR-158. Os líderes políticos levantaram discussão sobre a necessidade de alterar o um trecho da rodovia, a partir da decisão do juiz federal José Pires da Cunha, da 5ª Vara de Cuiabá. O magistrado considerou criado a reserva indígena Suia-Missu, com cerca de 165 mil hectares nos municípios de São Félix do Araguaia e Alto Boa Vista.

Neste sábado, o deputado estadual Adalto de Freitas, o Daltinho (PMDB), liderou uma audiência pública em Bom Jesus do Araguaia. Neste domingo será em Terra Nova Dourada e, na segunda, em Alto Boa Vista.

Uma das maiores rodovias federais em Mato Grosso, a 158 possui 900 km, de Barra do Garças a Vila Riva. Cerca de 400 km ainda estão sem asfalto, compreendendo do trecho de Ribeirão Cascalheira a Vila Rica. A pavimentação desse trecho está inserida no Programação de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo Lula.

O maior entrave, porém, é a reserva Suia-Missu, onde vivem cerca de 750 índios xavantes. Eles retomam a reserva de onde foram expulsos em 1966 por posseiros.

Em meio às propostas, surge a idéia de se construir um desvio de 31 km, a partir de Ribeirão Cascalheira, seguido por Bom Jesus do Araguaia e Terra Nova Dourada até chegar a Vila Riva. Assim, o novo trecho passaria longe da reserva indígena e ficaria próximo de municípios como São Félix do Araguaia, Luciara e Santa Terezinha.

A maioria dos que participaram da audiência pública promovida neste sábado por Daltinho aprovou a idéia de mudança do traçado. Para o deputado, a conclusão da 158 corre risco de não ocorrer por causa da reserva indígena. Defende discussão para motivar os moradores a ingressarem na luta pelo asfaltamento da rodovia, que atravessa o leste de Mato Grosso e o liga ao porto de Itaqui (MA), via sudeste do Pará e Tocantins.

A 158 compreende as nascentes do rio Xingu, um dos principais afluentes do Amazonas. E representa a transição entre o cerrado e a floresta amazônica densa. O eixo da rodovia foi a região em que o desmatamento mais cresceu na Amazônia em 2004-2005.





Fonte: RD News

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