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Domingo - 15 de Abril de 2007 às 08:13

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De um lado, um time que nos últimos dois anos lutou contra o ocaso e agora tenta renascer. Do outro, o São Paulo, equipe que, no mesmo período, manteve-se no topo e, em oito competições, só não disputou o título em duas delas. São Caetano e o time do Morumbi, que começam neste domingo a decidir uma vaga na final do Campeonato Paulista, poderiam ser vistos como opostos. Mas, na verdade, protagonizam um confronto equilibrado e de resultado imprevisível.

Campeão brasileiro de 2006, campeão paulista, continental e mundial em 2005. Os títulos conquistados pelo São Paulo nos últimos dois anos mostram a competitividade do time de Muricy Ramalho.

Ainda vice-campeão estadual e da Libertadores no ano passado, só não brigou por título no Brasileiro e na Copa Sul-Americana. Um retrospecto impressionante. "O São Paulo é um time que perde muito pouco, não importa o tipo de competição (mata-mata ou pontos corridos), por isso sempre está chegando", diz o técnico Muricy Ramalho. "Nossa regularidade é absurda. Fomos campeões brasileiros perdendo apenas quatro vezes."

O retrospecto do São Paulo diante do rival hoje é curto e parelho. No total, os times protagonizaram 18 duelos, com cinco empates, sete vitórias do São Paulo e seis do time do ABC. No torneio estadual, esta tradição se mantêm à risca: nos cinco jogos disputados, nenhuma igualdade.

Até a fase de classificação deste Estadual, eram duas vitórias para cada equipe. Até que o São Caetano passou à frente, com a vitória por 1 a 0, na 15.ª rodada. Derrota, aliás, que o são-paulino se lembra com pesar. Foi o único revés do time, até agora, no campeonato.

O São Caetano credita à sua regularidade dentro do Campeonato Paulista a possibilidade de derrubar o favorito São Paulo nas semifinais do Campeonato Paulista. Mas o adversário leva a vantagem de atuar por dois empates, por ter a melhor campanha. Mesmo assim, é considerado pelo técnico Dorival Júnior como "favorito, mas não imbatível".

Para superar esse desafio, o técnico vê as semifinais como um todo. "O primeiro jogo é importante, mas precisamos pensar nos dois resultados combinados. Na verdade é uma decisão de 180 minutos." Mas ele sabe que seus jogadores vão ter que se superar para derrubar o adversário, o que será, segundo ele, muito difícil.

Dorival Júnior demonstra muita confiança, mesmo porque já considera "altamente positivo" a evolução do grupo, formado há apenas 90 dias. "O processo de crescimento foi muito rápido. O grupo amadureceu, as peças se encaixaram bem e garantimos uma regularidade que nos credencia, inclusive, a disputar o título".

E tal fato desponta como surpresa para quem tinha a missão de formar uma base para a disputa do Campeonato Brasileiro da Série B. Foi com este objetivo que Júnior chegou ao clube em outubro, quando o time já estava condenado ao rebaixamento para a Série B.Com um sentimento de dever cumprido, Dorival Júnior não demonstra medo de apostar no esquema 4-4-2, com apenas dois volantes - Glaydson e Luis Alberto - encarregados da marcação. O técnico sempre fala no equilíbrio do time e também na força de conjunto conseguida em um período curto.

O time terá todos os titulares, que foram poupados na derrota para o Rio Branco, por 3 a 2, na quinta-feira, pela última rodada classificatória. Apenas o goleiro Luiz atuou. A surpresa, de última hora, poderia ser a entrada de um terceiro volante, como Luís Maranhão, na vaga de um dos meias: Douglas ou Canindé.

SÃO CAETANO

Luiz; Paulo Sérgio, Maurício, Thiago e Triguinho; Glaydson, Luis Alberto, Douglas e Canindé; Luiz Henrique e Somália. Técnico: Dorival Júnior.

SÃO PAULO

Rogério Ceni; Ilsinho, Alex Silva, Miranda e Jadílson; Josué, Fredson (Richarlyson), Souza e Hugo; Leandro e Aloísio. Técnico: Muricy Ramalho.

Árbitro: Paulo César de Oliveira.

Local: Pacaembu.





Fonte: Agência Folha

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