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Nacional
Sábado - 14 de Abril de 2007 às 16:08

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Cerca de 2.500 pessoas participam do 2° Encontro Continental Sepé Tiaraju e o Povo Guarani, em Porto Alegre. Guaranis do Brasil, da Argentina, da Bolívia e do Paraguai discutem, entre outros temas, a demarcação de terras indígenas.

"Muitos de nós estão passando muita dificuldade e até fome", desabafa Anastácio Peralta, liderança indígena do Mato Grosso do Sul. Peralta, cujo nome indígena é Ava Kuarahy Rendyju, conta que o maior problema hoje é a falta de perspectiva em relação à política de distribuição de terras para os povos indígenas. "Não há uma política definida para a demarcação das terras, nem politicas públicas que respondam às nossas necessidades". Segundo a liderança, mesmo quando há demarcação, não há recursos para manutenção da terra.

"Em outros países vizinhos, como o Paraguai, a situação ainda é pior", diz, ao lembrar que, diferente do Brasil, lá não existem órgãos públicos que amparem os índios.

Paralta define o evento como " um encontro de família", em que as pessoas falam de suas vidas e de suas culturas, ainda que estejam tratando de temas ligados à luta indígena. "Nós viemos aqui com muita alegria, brincamos, rezamos, dançamos ao redor da fogueira, tomamos chá e conversamos sobre as nossas vidas".

Ontem, os índios realizaram uma marcha até o Palácio Piratini, sede do governo do estado. Os Guarani foram recebidos pelo chefe da Casa Civil do governo, Luiz Fernando Zachia, a quem entregaram uma carta.

Hoje, no final do encontro, os índios divulgarão Carta Continental do Povo Guarani, com um apelo pela sobrevivência do seu povo.

Além dos índios, participam do encontro representantes do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), da Via Campesina, do Movimento dos Trabalhadores Desempregados e da Juventude Urbana.





Fonte: Agência Brasil

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