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Polícia Brasil
Sábado - 14 de Abril de 2007 às 08:21
Por: Patrícia Neves

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A empregada doméstica, Miguelina Miranda Muniz Índio, 28, foi denunciada (acusada formalmente) pelo Ministério Público Estadual (MPE) do assassinato triplamente qualificado - por motivo fútil, sem oferecer chance de defesa à vítima, e empregar meio cruel - do seu filho biológico, Leonan Miranda Muniz Índio, 5. A denúncia foi assinada pelo promotor Wagner Fachone.

A criança foi morta por volta das 6h do dia 14 de março de 2007, no bairro CPA 2, em Cuiabá. Miguelina, presa dez dias após o crime, confessou ter matado o filho durante uma crise nervosa. Ela permanece presa por força de mandado de prisão preventiva. Pela crueldade do crime, ela está em uma cela separada das demais detentas do presídio Ana Maria do Couto May, no bairro Pascoal Ramos.

Se a denúncia for acatada terão início os ritos processuais que devem durar 81 dias. Após esse prazo deverá ser marcada então a data do julgamento. De acordo com o Código Penal Brasileiro, ela poderá ser sentenciada a cumprir 30 anos de prisão.

Segundo a denúncia, Miguelina discutiu com o marido dela 15 minutos antes de matar a criança, por volta das 5h45, por causa de uma dívida no aluguel da casa em que moravam. Leonan, por causa do barulho, acordou e fez uma única pergunta à mãe. "A mamãe já vai trabalhar?" Miguelina então respondeu:"meu filho, acabou, não dá mais!".

Em seguida, ela puxou a criança da cama, arrastando-a até a sala, onde começou a espancá-la, atirando-a contra o chão. Após derrubar a vítima quatro vezes ao solo, a mãe jogou o filho contra uma mesa com tampo de granito e ele desmaiou. Não satisfeita, ela arrastou a criança até o banheiro e introduziu a cabeça dele em um balde de tinta de 18 litros, cheio de água, ficando o abdome da criança apoiado no recipiente, e saiu de casa para trabalhar.

Para acentuar ainda mais a tragédia, a irmã dele de 7 anos encontrou o corpo e pediu ajuda à babá para socorrer o irmão.

O que mais despertou a atenção da Polícia Civil durante as investigações foi a frieza com que Miguelina tratou o caso. Por cinco vezes ela prestou depoimento à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) sem demonstrar sofrimento ou chorar.





Fonte: Gazeta Digital

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