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Internacional
Sexta - 13 de Abril de 2007 às 17:37

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O ministro das Relações Exteriores da Bélgica, Karel De Gucht, manifestou nesta sexta-feira, em Luanda, a disponibilidade do seu governode mediar, juntamente com Portugal, o conflito fronteiriço entre Angola e a República Democrática do Congo.

"A Bélgica está pronta para mediar este problema (da fronteira comum). Falamos com o presidente José Eduardo dos Santos [de Angola] sobre este problema, pois o presidente congolês, Joseph Kabila, pediu o apoio da Bélgica e de Portugal", afirmou Karel De Gucht.

O chefe da diplomacia belga falava aos jornalistas após uma reunião com o chefe de Estado de Angola, durante a visita que realiza a este país.

"Estamos constituindo uma comissão técnica, juntamente com o governo português, para examinar com a Bélgica, Angola e a RDCongo a situação, baseados em documentos históricos do local onde estão os limites fronteiriços", acrescentou De Gucht.

Os dois envolvidos no conflito consideraram pertinente recorrer aos dois países europeus para ajudarem a resolver as discórdias pelo fato de serem as suas ex-potências colonizadoras.

Conflito

Em meados de março, as autoridades congolesas acusaram as Forças Armadas de Angola de terem invadido o seu território na região de Bandundu, na fronteira com a província angolana da Lunda-Norte, o que foi negado pelas autoridades angolanas.

Após tais acusações, uma delegação angolana de alto nível viajou a Kinshasa, a capital do Congo, para analisar a situação.

O ministro angolano das Relações Exteriores, João Miranda, por sua vez, negou a existência de conflito fronteiriço, afirmando que durante as conversações em Kinshasa entre as autoridades angolanas e congolesas chegou-se a "entendimentos profícuos" nessa questão.

"Mas ainda existem setores congoleses que duvidam da pertença de certas localidades angolanas, principalmente Saimbuanda, Saicato entre outras. Daí que surgiu a idéia de se recorrer às ex-potências colonizadoras com os documentos das convenções celebradas entre Portugal e a Bélgica na Conferência de Berlim que traçaram os marcos atuais das fronteiras entre Angola e a RDCongo", afirmou João Miranda.

"As equipes angolanas e congolesas que estão no terreno vão ser assessoradas por esta equipe técnica bilateral de Portugal e Bélgica. Ainda não há datas, acabamos de nos concertar, vamos fazer outras diligências e, talvez, nas próximas semanas tudo seja posto em prática", disse Miranda.





Fonte: Agência Lusa

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