Irmão de ministro que liberou caça-niqueis é preso pela PF
No segundo semestre de 2006, Medina concedeu liminar liberando 900 máquinas caça-níqueis que haviam sido apreendidas na operação da PF Vegas 2, em abril. Contudo, a liminar foi cassada por decisão da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ellen Gracie.
Também foi preso durante a operação o desembargador José Eduardo Carreira Alvim, que também concedeu liminar liberando caça-níqueis na época em que era vice-presidente do Tribunal Regional Federal do Rio. A liminar foi suspensa por um despacho do desembargador Frederico Gueiros, então presidente do TRF do Rio.
Na véspera da concessão da liminar por Medina, o grampo feito pela PF captou uma conversa do advogado representante dos bingos, Sérgio Luzio Marques de Araújo, também preso, com Virgílio Medina. Na gravação da PF, o irmão do ministro aparece negociando a concessão da liminar em troca de dinheiro.
A PF e a Procuradoria da República, na época, não sabiam até que ponto Virgílio falava realmente em nome de seu irmão. Mas o surgimento do nome de um possível ministro do STJ fez com que o caso, que até então tramitava pela 6.ª Vara Federal Criminal do Rio, fosse encaminhado para o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza.
Foi Souza quem então levou a investigação para o STF, onde por sorteio ela caiu nas mãos do ministro Cezar Peluso, que determinou as 25 prisões e os 70 mandados de busca e apreensão realizados nesta sexta-feira.
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