Servidores da Saúde de Cuiabá ameaçam greve geral
Eles representam cerca de 80% do quadro do Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá e revelam descontentamento com o Plano de Cargos, Carreiras e Salários, já aprovado pela Câmara Municipal e sancionado pelo prefeito. Uma assembléia-geral está marcada para sábado. Estão dispostos a entrar em greve. O ato será às 9h no estacionamento do Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá.
Enfermeiros, técnicos em enfermagem, fisioterapeutas e outras categorias se uniram por melhores condições de trabalho e por reposição salarial. Segundo a fisioterapeuta Maria Ângela Conceição, responsável pela Educação Continuada do HPSMC, o PCCS não contempla a categoria.
Enquanto, por exemplo, os médicos, em início de carreira, passaram a ganhar R$ 4 mil, outras categorias ficaram em R$ 800. Os servidores de nível médio e superior querem que o vencimento chegue ao menos a R$ 1,3 mil.
Eles reclamam da postura "dos governantes municipais pelo tratamento desigual dado à categoria dos profissionais médicos e não médicos". "Todos os profissionais da Saúde, principalmente os enfermeiros, ou seja, toda equipe multidisciplinar, estão unidos nessa luta", destaca Dejamir Souza Soares, presidente do Sindicato dos Enfermeiros.
Ele acusa o prefeito Santos de descumprir acordo, segundo o qual o PCCS seria igual a todos os profissionais da Saúde. "Como houve descumprimento do acordo, estamos rompendo com o prefeito e vamos partir para o embate", completa o sindicalista.
Diz ainda que a categoria foi desafiada pelo vereador Edivá Alves, líder do prefeito na Câmara Municipal, e pelo secretário de Governo, Dilemário Alencar. "Eles disseram que pagavam para ver se nós teríamos força para parar a Saúde", declarou Dejamir Soares. Agora, resolveram radicalizar. Prometem decretar greve se as reivindicações não forem atendidas.
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