Santos nega favoritismo e cita obrigação em superar Bragantino

A filosofia implantada pelo técnico Vanderlei Luxemburgo no Santos abomina o termo favoritismo até como forma de se desvencilhar de pressões, mas o clube não esconde ser o principal nome contra o Bragantino nos duelos da semifinal do Paulistão. O time da Vila evita o rótulo de favorito, entretanto, se apóia na campanha realizada na 1ª fase para se ver na obrigação de alcançar à final do torneio.

O Santos terminou como líder disparado e conquistou 50 dos 57 pontos disputados, enquanto o time de Bragança fechou a fase classificatória na 4ª colocação após travar intensa concorrência com o Palmeiras.

"Não adianta confundir favoritismo com responsabilidade, até porque o Bragantino não caiu do céu. Eles tiveram seus méritos para chegarem até aqui. Somamos 50 pontos, mas não podemos baixar nosso nível de concentração nesses dois jogos. A hora gostosa está chegando. Por terem chegado à semi, o Bragantino já demonstrou que não é uma equipe fácil de ser batida. Começou tudo do zero. Portanto, não há favorito", analisou Adaílton.

Conforme oficialização da Federação Paulista nesta quinta, os confrontos acontecem no Pacaembu e, posteriormente, no Morumbi. Os jogadores santistas evitaram críticas sobre a decisão da entidade em vetar a Vila e recorreram ao chavão de que "time que pretende ser campeão não escolher lugar para jogar" para minimizar a perda de seu estádio.

Porém, fora da Vila, o rendimento alvinegro é quase perfeito. Em 13 jogos no ano, foram 12 vitórias e apenas um empate. O meio-campista Cléber Santana frisou a evolução do Santos como visitante em comparação ao ano anterior.

"O pensamento nosso era de jogar na Vila Belmiro. Mas o time que tem o título como objetivo tem que saber jogar no Pacaembu, na Vila, Morumbi, em Bragança e qualquer outro local. Ano passado éramos cobrados por não vencer fora, mas agora conseguimos bons resultados dentro e fora da Vila. Esse retrospecto nos deixa mais à vontade para essas decisões", entende Santana.