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Quinta - 12 de Abril de 2007 às 18:35

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Diego Maradona terá de se submeter a um tratamento continuado, durante toda a vida, em razão de sua personalidade compulsiva e de seu vício, afirmou nesta quinta-feira seu médico pessoal, Alfredo Cahe.

Maradona, 46 anos, superou o quadro de hepatite aguda tóxica e de abstinência alcoólica, mas só recebeu alta quarta-feira depois que a família consentiu por escrito. "Toda a família teve que assinar uma declaração especificando que, apesar da evolução favorável, Maradona tem que continuar o tratamento. Eu diria por toda vida", disse Cahe, em declarações à rádio La Plata.

Cahe chegou a desaconselhar a alta porque preferia realizar estudos e iniciar "uma ação psicoterapêutica" no hospital, mas assegurou que foi o próprio paciente que quis assim.

Poucas horas antes de deixar o hospital, Maradona prometeu ir domingo, "mesmo de ambulância", ao estádio La Bombonera para torcer pelo Boca Juniors, que enfrenta o River Plate, no clássico do futebol argentino. Uma ida que Cahe desaconselha.

"Do ponto de vista físico Maradona está bem para ir ao estádio, mas não gostaria que fosse, não é conveniente", disse o médico.

Sobre sua destituição por Maradona --ele teria sido despedido pelo ex-jogador após ter recebido alta--, Cahe disse que nada sabe, apesar de terem jantado juntos na noite de quarta-feira. Mas assinalou que fará sempre todo o possível pela saúde de seu paciente. Acrescentou que esta não é a primeira vez que tem divergências com seu paciente mais famoso, que trata há 30 anos.

O médico insistiu que "foi surpreendente" a recuperação de Maradona.

"O estado psíquico de Diego é normal, teve uma recuperação espetacular e ele mesmo decidiu [sair do hospital]", acrescentou Cahe.

Segundo o médico, que ainda tem esperanças de levá-lo para a Suíça para continuar com o tratamento, Maradona enfrenta agora "um problema múltiplo, que o obriga a continuar com cuidados médicos e psicológicos".

Cahe assinalou que Maradona "deu um salto positivo em sua vida nos últimos dois anos, ao afastar-se da cocaína", mas advertiu que "é um ser humano e algumas vezes pode sofrer recaídas".





Fonte: Folha Online

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