MST destrói plantação de cana em fazenda de SP
Os sem-terra usaram os chamados arrastões (grandes pedaços de madeiras fixados na traseira dos tratores) para derrubar o canavial. A cana estava com 10 meses e tinha aproximadamente 2,5 metros de altura; eram mudas que seriam usadas no plantio de grandes lavouras para abastecer usinas de álcool. Por cerca de quatro horas, três tratores arrastaram as mudas de cana. Pela manhã, quando o canavial estava todo no chão, os sem-terra comemoram a destruição.
"Fizemos o serviço, porque somos contra a monocultura e contra a tática dos fazendeiros de maquiar dados de produção para tentar receber indenizações acima dos valores reais das benfeitorias", disse Lourival Plácido de Paula, coordenador do MST. Segundo ele, as plantações na fazenda São Lucas deveriam ser proibidas porque a fazenda já foi desapropriada, mas os proprietários recorreram à Justiça e continuaram plantando para tentar receber valores maiores em futuras indenizações do governo.
Segundo ele, o processo judicial está concluso desde agosto do ano passado, mas a Justiça Federal demora em julgá-lo, o que atrasa a reforma agrária na região. De acordo com o coordenador, novas plantações de cana deverão ser derrubadas, porque causam a monocultura, acaba com pequenas propriedades e depreda o meio ambiente.
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