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Cidades/Geral
Quarta - 11 de Abril de 2007 às 15:57

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O CRM/MS (Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul) vai abrir sindicância para apurar as irregularidades cometidas pela médica Neide Mota Machado que confirmou ontem à reportagem da Rede Globo realizar aborto em sua clínica localizada em Campo Grande. O presidente do Conselho, Sérgio Renato de Almeida Couto, afirmou ao site MidiamaxNews que irá solicitar ainda hoje à TV Globo a fita contendo as imagens feitas através de câmera escondida e a entrevista da médica.

Ele explicou que a fita será a principal prova da sindicância contra a médica que pode ter o registro profissional cassado ou levar uma advertência. “Não há como adiantarmos como ela será punida antes da conclusão da sindicância, pois, por enquanto, o CRM tomou conhecimento do fato somente através da reportagem”, explica.

Couto condenou a atitude da médica e acrescentou que o aborto é ilegal do ponto de vista ético dos médicos e também do criminal, pois é proibido por lei. Ele citou que por mais claro que seja o crime praticado pela médica o CRM é obrigado a abrir sindicância para que ela tenha direito de defesa.

O presidente do CRM citou ainda que o Conselho não tem poder para fechar a clínica, já que “não tem poder de polícia”. Em entrevista divulgada ontem pelo Jornal Nacional e Jornal da Globo, a médica confessou que realiza aborto na clínica após a reportagem exibir, através de câmera escondida, como o local fazia contato com as clientes que desejavam abortar e como elas eram atendidas pela psicóloga Simone Souza, que explicou todo o procedimento.

Já a médica e responsável pela clínica afirmou que realiza o trabalho há quase 20 anos como uma forma de evitar que mulheres que não querem mais a gravidez se arrisquem ao fazer o procedimento numa clínica que não ofereça a assistência médica adequada. “Se elas não tem onde fazer bem feito, elas vão fazer mal feito e vão morrer! Esse é o X da questão”, disse a médica, dona da clínica, durante a reportagem.

Questionada sobre a ilegalidade do aborto, ela explicou que “não é questão de deixar na ilegalidade que vai mudar a situação, o que tem que se fazer é legislar a favor". A reportagem do Midiamax também entrou em contato com o Conselho Regional de Psicologia que garantiu se pronunciar através da presidente que reside em Cuiabá.





Fonte: 24HorasNews

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