Muricy defende Morumbi, detona oponentes e dá chance a revelação

Apesar de ainda ter de enfrentar o Marília nesta quarta-feira, às 21h45, em Mogi Mirim, pela última rodada do Paulista, o técnico Muricy Ramalho, já pensando nas semifinais, esquentou a polêmica sobre o mando dos jogos na fase decisiva do torneio --que é da Federação Paulista de Futebol-- e defendeu o Morumbi, estádio são-paulino.

"Eu prefiro jogar no Morumbi porque é o campo do São Paulo. Isso mesmo quando o jogo é clássico. Agora temos que ver o outro lado. O estádio favorece o grande público, tem bons vestiários, o campo é grande, o gramado é bom", afirmou.

Ao ser questionado se a sua postura poderia ser diferente caso estivesse à frente de uma outra equipe, ele usou o Paulista de 2004 para dar a resposta. "Estava no São Caetano, vim aqui [Morumbi] e ganhei do São Paulo. Fomos para a final", complementou o treinador.

Muricy aproveitou ainda para alfinetar os outros times, que, em vez de se planejarem, ficam reclamando na reta final. "Quando todo mundo assinou [o regulamento] não teve problema. Agora ficam esperneando. É sempre assim."

Para o jogo desta quarta, no qual o São Paulo não terá nenhum titular, a novidade será Luan, 18. O volante chegou ontem dos EUA, onde conquistou a Dallas Cup com o time de juniores. Apesar da longa viagem, Muricy não teme receber um atleta desgastado. "Moleque tem é que jogar. Já conversei com o Vizolli [técnico dos juniores] e tive boas informações dele."

A partida da noite de hoje será no interior porque o São Paulo perdeu um mando de campo devido à briga de seus torcedores no jogo com o Santos.

Já o caso Dagoberto ainda não foi definido. A Justiça do Paraná não aceitou a carta de fiança de R$ 5,4 milhões (valor da multa rescisória) e exige que o atleta abra uma conta para que o dinheiro seja depositado. O São Paulo aguarda os trâmites burocráticos da liberação do atacante para anunciá-lo.