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Polícia Brasil
Quarta - 11 de Abril de 2007 às 07:32
Por: Patrícia Neves

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Seis pessoas foram indiciadas criminalmente por formação de quadrilha e inserção de dados falsos (artigos 288 e 313-A) no esquema de "transformação" de carretinhas (usadas para puxar barcos) em carretas. Mais de 1,4 mil páginas serão encaminhadas ao Fórum Criminal na próxima semana pela Delegacia Fazendária. Com a fraude, possível por meio da inserção de dados forjados perante o Departamento Estadual de Trânsito (Detran/MT), instituições bancárias foram lesadas em quase R$ 1 milhão.

Respondem pelos crimes o empresário Aparecido Mateus, Noézio Peres da Costa; o ex-diretor de Veículos do Detran, Dakari Tessman; o ex-despachante Mário Mancuso, Alessandro Souza e Silva e Mauri Castro Souza. Os dois últimos não foram localizados pela Polícia Civil para prestarem depoimento.

Noézio e Mário confirmaram o esquema e deverão receber o benefício da delação premiada (caso sejam condenados poderão ter a pena reduzida por colaborarem nas investigações). Dakari nega envolvimento e argumenta ter sido levado a erro.

As investigações revelam que Noézio era a pessoa encarregada de comprar as carretinhas e trazê-las para Cuiabá. Em alguns casos, ele usava o nome de Aparecido para efetivar o negócio. Em Mato Grosso, ele entrava em contato com Mário (despachante), que regularizava a documentação, em muitos casos, em nome de "laranjas", que seriam cobrados pelas instituições bancárias após o grupo conseguir o financiamento por um bem que só existiu no papel.

Paralelamente aos trabalhos da Polícia Civil, a Corregedoria do órgão permanece analisando cerca de 1,9 mil inserções de dados.

A amostragem feita até agora em 100 operações demonstrou que em 14 houve a fraude. A estimativa da Polícia Civil é que o bando atuou por pelo menos nove meses.





Fonte: Gazeta Digital

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