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Cidades/Geral
Quarta - 11 de Abril de 2007 às 07:22
Por: Patrícia Neves

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O empresário Guilherme Rodrigues Chagas ficou em silêncio ao ser questionado, na manhã de ontem, pelo delegado Paulo Araújo, sobre a conversa telefônica que teve o com ex-segurança de João Arcanjo Ribeiro, identificado como Marcides, para contratação de uma prostituta para atuar dentro de uma prisão do Estado. A intenção com a nova oitiva era saber quem iria desfrutar dos serviços.

Arcanjo se encontra desde março do ano passado no Raio 5 do Pascoal Ramos. A interceptação da conversa foi realizada em 18 julho de 2006, mediante autorização judicial.

O delegado Araújo, do Cisc Planalto, vem investigando há nove meses uma quadrilha que explorava sexualmente meninas (entre 13 e 14 anos) e mulheres com mais de 18. "O fato do ex-segurança ter trabalhado por muitos anos com Arcanjo levantou suspeitas".

Guilherme, preso desde a semana passada, figura com um dos líderes do esquema. Ele foi inquirido sobre como se daria a contratação da garota. Na conversa fica claro que o segurança sabe os procedimentos que devem ser adotados (apresentação de um contrato de união estável) para garantir a entrada da jovem na prisão. Ele exige que a garota seja bonita e "vistosa". "A partir de uma investigação abriu-se um grande leque, onde demonstrou-se o uso de prostitutas em presídios. Outros inquéritos devem surgir agora para dar prosseguimento à gama de informações". Questionado sobre a suposta contratação de uma garota de programa para Arcanjo, o delegado explicou que a "conduta do ex-segurança Marcides também será alvo de outra investigação". Ele poderá até mesmo responder por arregimentar garotas.

O Ministério Público Estadual (MPE) recebe nesta semana o relatório parcial do inquérito sobre exploração sexual. Pelo crime, foram indiciados Guilherme e o empresário Franklin Teixeira de Oliveira, que está preso e diz ser vítima de uma armação.

Explicação - Em 23 de março, a defesa de Arcanjo, representada pelo advogado Zaid Arbid, protocolou um pedido de visita íntima, apresentando uma declaração de convivência (contrato de união estável) com a jornalista Cida Montenegro. Submetido a análise do secretário adjunto de Justiça, Carlos Santana, o pedido foi negado três dias depois. A reportagem publicada na edição de 10 de abril de 2007 do jornal A Gazeta faz referência a esse pedido. Mas Arbid em nenhum momento figura como o autor da declaração de convivência que permitiria a visita de uma garota de programa ao "Comendador".





Fonte: Gazeta Digital

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