Calouros da UFMT têm programação que mistura formação acadêmica

Desde segunda-feira, 09, os mais de 3 mil calouros da UFMT têm programação que mistura formação acadêmica, extensão dessa formação e atividades artístico-culturais na Semana do Calouro Integrada. Sob o slogan um convite a diversidade os novos alunos são recepcionados pelos veteranos em atividades que promovem a vivência acadêmica e a produção além dos muros da universidade.

Organizado de dentro da universidade para fora, a semana de atividades quer mostrar aos alunos da universidade quais espaços eles devem ocupar na sociedade, sendo protagonistas dela. Foi com esse objetivo que surgiu o Movimento Panamby, grupo de alunos que junto com a Pró Reitoria de Vivência Acadêmica e Social (Provivas) é responsável pelo evento.

As atividades começaram na segunda-feira, com espaço para as coordenações e centros acadêmicos de cada curso montarem as suas programações. De quarta-feira, 11, à sexta-feira, 13, as atividades propostas pela Semana do Calouro incluem alunos de todos os cursos da UFMT. Pela manhã café literário, mostras de trabalhos e exposições artísticas, à tarde oficinas promovidas por alunos ou entidades da sociedade civil que vão desde a repicagem de mudar, reconhecimento de sementes, passando por comunicação alternativa, malabares e arte de rua. A programação noturna é dedicada a mostras de vídeos e apresentações musicais.

No desenvolvimento dos trabalhos estão presentes O Javanês, um jornal alternativo criado por alunos do 3º semestre de Comunicação Social que durante toda a semana divulga a programação e convida os alunos a participarem; o Próxima Cena, núcleo audiovisual do Espaço Cubo que realiza as mostra de vídeo e faz a cobertura em vídeo das atividades; os Voluntários da Música (Volume), grupo de jovens agentes culturais que dispõe suas bandas para a programação das festas e expõe o material de músicos cuiabanos em banquinhas; Padam, uma grife alternativa que produz acessórios artesanais com um pé na cultura urbana dos ícones da música e do cinema e outro nas raízes cuiabanas, além do Movimento Rec, Espaço Cubo, MST, Choros e Serestas, Instituto Mandala, Corpo de Bombeiros, Sanecap e Hemocentro, que em parceria com os alunos de Enfermagem vai promover doação de sangue e medula óssea durante toda a semana.

As noites se movimentam com o Sarau das Humanas na quarta-feira, 11, na quinta, 12, acontece o Sarau da Floresta e na sexta-feira, dia 13 a Festa do Calouro no Centro Cultural. Toda a programação tem entrada gratuita e pode ser acessa na página da UFMT (www.ufmt.br), na seção de eventos.

As borboletas da UFMT

Grande parte das articulações para que o evento se realizasse partiu de um grupo de alunos da universidade que se denominando vale das borboletas azuis ou panamby em tupi-guarani surgiu de uma reflexão sobre a dinâmica das organizações estudantis, seus objetivos e atuações.

O Movimento Panamby é um projeto que busca a extensão, a integração com a comunidade externa e fazer com que as pessoas se aproximem desse espaço que é publico e de uso comum, colocando a universidade a serviço de todos os bons programas que atendem a todos e que esse espaço ofereça a todos cultura, alegria, informação, vivencia e oportunidades.

Como diz Valéria Schimtd, membro do Movimento Panamby: “Todo mundo conhece de cor o tripé da universidade pública: pesquisa, ensino e extensão. E o que fazem os estudantes? Entram, assistem às aulas e vão embora. Depois que pegam o certificado, quem fica ali? Depois que ele pega o certificado ele promove algum retorno social? É mais ou menos isso que o Movimento Panamby busca, retorno social, compromisso social. Formas alternativas aos comportamentos costumeiramente percebidos são possíveis”.