Governo do PR traça plano para disciplinar expansão da área de cana
Requião informou ainda que o Paraná obteve R$ 2,5 bilhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar a implantação de novas usinas no Estado. "Estamos acompanhando e ajudando o setor sucroalcooleiro, mas temos que analisar com cautela a ilusão da substituição do petróleo pelo biocombustível", disse. "O etanol, se preserva o meio ambiente numa ponta, reduzindo a poluição da atmosfera, o degrada na outra, devastando a natureza", disse Requião.
O governador do Paraná ressaltou ainda o temor em relação à insegurança quanto ao abastecimento do álcool, já que o usineiro poderia optar pela produção de açúcar em cenários de alta de preços. "O que aconteceu no passado com a produção de álcool? Num determinado momento, o açúcar valorizou-se muito no mercado internacional, e as usinas deixaram de produzir o combustível", lembrou o governador. "Recebi, nos últimos quatro anos, cerca de 20 missões internacionais, a maioria japonesa, à procura do etanol. Mas eles querem garantia de fornecimento, que tal garantia seja dada por uma instituição como a Petrobras, que armazenaria um estoque regulador. Isso não é tão fácil como parece", concluiu Requião.
Segundo o secretário da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, Valter Bianchini, a cana-de-açúcar ocupa, atualmente, 500 mil hectares, o que corresponde a 6% ou 7% da área cultivável do Estado e a expansão da cultura está ocorrendo sobre áreas degradadas de pastagens. "Estamos elaborando uma nova matriz produtiva que compatibilize a agroenergia, com a produção de biodiesel, a produção de etanol, a diversificação sem a dependência excessiva de insumos", informou.
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