Governo libera, e Corinthians aguarda chegada de Berezovski
Segundo o deputado estadual Vicente Cândido (PT-SP) afirmou ao UOL Esporte, Berezovski conseguiu passe livre apesar da pressão da Rússia por sua extradição - o empresário é acusado de uma série de crimes políticos no país - como lavagem de dinheiro, financiamento de guerrilhas, fraude e até assassinatos - e tem registro de antecedentes criminais na Interpol.
"O Boris vai entrar no Brasil na mesma condição que hoje vive na Inglaterra. Ele é um exilado político. O governo entendeu que é importante ter uma pessoa como ele aqui, já que ele quer investir, inclusive onde existe um estrangulamento econômico, como o setor aéreo", afirmou o parlamentar, torcedor corintiano.
"É um passo importante para uma retomada da parceria", afirmou o empresário Renato Duprat, homem designado pelo presidente do clube, Alberto Dualib, para ficar à frente das negociações.
A expectativa da cúpula corintiana é a de que o magnata se torne a principal figura da MSI, em um passo que pode reativar a injeção de dinheiro no clube - que sofre com sua folha salarial e já teve de pedir dinheiro emprestado à FPF (Federação Paulista de Futebol) para sanar suas contas.
O russo também promete construir um estádio no valor de R$ 500 milhões, que seria utilizado pelo time e também seria palco para a Copa de 2014. Berezovski também estaria disposto a investir ao menos R$ 1 bilhão em infra-estrutura no país e em biodiesel.
Seu desembarque ainda não tem data prevista. "Agora irá depender apenas da agenda do Boris. Quando ele estiver disponível, virá ao Brasil. A negociação foi complicada, o governo russo fez muita pressão. Eles queriam que o Brasil aceitasse o pedido de extradição, mas isso não irá mais acontecer", afirmou Cândido.
Cândido já havia participado de uma reunião em Brasília entre o presidente Lula, Dualib e Duprat, no início do ano. Depois disso, viajou com Duprat para Londres, onde vive Berezovski desde 2000.
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