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Agronegócios
Terça - 10 de Abril de 2007 às 07:59
Por: Débora Siqueira

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Apesar do recuo de 13% na área plantada, estimativa de queda de 3,8% na produção de soja e da crise no campo anunciada pelos produtores rurais, Mato Grosso ainda é o campeão na produção da oleaginosa e sozinho responderá por 26,35% (15,274 milhões de toneladas) de toda colheita do grão no país, estimada em 57,960 milhões de toneladas, segundo o sétimo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra 2006/2007. A região Centro-Oeste figura em primeiro lugar na produção de soja do Brasil. A estatal projeta a produção de 26,624 milhões de toneladas, seguida pelo Sul com 22,135 milhões.

O Centro-Oeste também é destaque na produção de algodão. A projeção da Conab é que atinja 2,365 milhões de toneladas, 64,58% do total nacional previsto em 3,662 milhões. O desempenho regional é impulsionado por Mato Grosso, que sozinho deve produzir 1,936 milhão de toneladas, ou 52,86% da produção brasileira.

O diretor-administrativo da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja), Ricardo Tomczyk, argumenta que as condições climáticas do Centro-Oeste favorecem ao plantio da soja e algodão e a manutenção da dianteira da maior produção e área plantada das commodities. "Em Mato Grosso, há muito uso da tecnologia no campo e as propriedades são maiores que nos Estados do Sul, são fatores diferenciais que permitem a grande produção".

O clima favorável, capacidade empreendedora dos produtores mato-grossenses, organização dos agricultores e a parceria com o poder público são enumerados pelo diretor-executivo da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Décio Tocantins, como fundamentais para a liderança na área plantada e produção de algodão no Estado.

Apesar do desempenho de 44% no aumento da área plantada do algodão (passou de 366 mil hectares para 527 mil/ha) e 47% a mais na produção que na safra anterior (1,317 milhões de toneladas para 1,936 milhões), o clima não é de euforia. "A área aumentou porque o produtor precisou cumprir contratos. O crescimento foi para quitar débitos anteriores".





Fonte: Gazeta Digital

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