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Economia
Terça - 10 de Abril de 2007 às 01:37

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Na véspera de completar cem dias do segundo mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou investimentos por parte do empresariado, oferecendo, para isso, a estabilização da economia e o controle da inflação. Por mais de uma vez, o presidente mencionou o que considera o bom momento da economia: falou em "combinação perfeita da economia" e em "harmonia econômica". "Nós somos parte deste País que está dando certo. Porque aquele País que não deu certo já não existe mais", afirmou Lula nesta segunda-feira em discurso realizado na abertura da Feira Internacional de Autopeças, Equipamentos e Serviços (Automec), no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo.

Ele previu para daqui a 15 ou 20 anos um Brasil "sem retorno" e comemorou a queda do risco-país, indicador de risco de investimento. "Se nós temos hoje todas essas vantagens, nós precisamos acreditar que quem não fizer os investimentos agora, daqui a três anos vai estar lamentando que não fez os investimentos no tempo certo", disse, ao lado do novo ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge.

Lula admitiu que demandas do empresariado, como redução de impostos e corte nos juros, devem ser acatadas pela equipe econômica. Mas mandou um recado. "A inflação não volta neste País. Não há nervosismo político que me permita brincar com a economia brasileira."

Ele cobrou ainda transparência na relação entre governo e empresariado. "Não quero saber se vocês são meus amigos. Eu quero saber que nós somos brasileiros, ou investidores estrangeiros no Brasil, e que quanto mais transparente a política pública for com vocês mais nós temos condições de exigir transparência de vocês para com o governo e para com a sociedade brasileira."

Na entrevista que concedeu após o discurso, Lula procurou explicar que o Plano de Desenvolvimento Econômico (PAC) não apresenta atrasos. Concordou que falta a aprovação de medidas pelo Congresso e afirmou que o governo está tomando os cuidados para que as obras tenham licenciamento ambiental prévio evitando demandas judiciais, o que levaria a atrasos em cronogramas. "Tudo que tivermos que consertar na legislação vamos fazer até o meio do ano, para que quando as obras comecem e não parem mais. Nosso compromisso é entregar grande parte das obras até 2010", disse.




Fonte: Reuters

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