Soja estará mais protegida dos efeitos do aquecimento global
“O aumento de temperatura, associado com o aumento de concentração de gás carbônico (CO²), vão influenciar certos tipos de espécies, de cultivares, por exemplo, trigo, milho e café, que poderão ser afetados em maior escala”, diz a pesquisadora.
Segundo ela, apesar do cenário ser de perdas agrícolas, algumas espécies como a soja estarão protegidas dos efeitos do aquecimento. Mesmo assim, ela afirma que é necessário investigar mais profundamente os efeitos do aquecimento em outras espécies, inclusive em pastagens e animais.
“Tudo precisa agora ser melhor avaliado porque esse foi o principal alerta que houve até o momento de que realmente nós estamos vivendo o aquecimento global e que temos agora que tomar algumas iniciativas para nos defendermos dos possíveis impactos.”
Segundo Magda Lima, o aumento da seca em algumas regiões fará com que se desenvolvam novas espécies mais resistentes à seca. A pesquisadora acredita que algumas variedades deverão sofrer uma espécie de melhoramento genético, de modo que possam se adaptar a um novo tipo de clima. Também poderá haver o deslocamento de algumas culturas para áreas mais favoráveis ao seu desenvolvimento.
No Brasil, ela afirma que a região Amazônica poderá sofrer um fenômeno conhecido como savanização, ou seja, a provável seca que virá com o aquecimento poderá transformar a floresta amazônica em área de Cerrado. Na Região Nordeste, a cientista afirma que o principal efeito será a diminuição da oferta de água, como já ocorre há alguns anos.
Para tentar evitar o cenário descrito, Magda Lima orienta que as pessoas usem os recursos naturais de forma racional, utilizando fontes alternativas de energia, evitando as queimadas, entre outras ações. “É só uma questão de consciência da sociedade porque todos nós fazemos parte do planeta, e se nós não fizermos um esforço conjunto, as futuras gerações realmente sofrerão os impactos mais severos desse aquecimento global".
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