Após quase 3 meses, PAC ainda não saiu do papel
Lançado em 22 de janeiro, o PAC começa a tropeçar nos costumeiros problemas gerenciais e políticos do governo, agravados por questões do Congresso - como a briga pela instalação da CPI do Apagão Aéreo e a obstrução da pauta de votações. Mais de dois meses depois do anúncio do programa, as medidas provisórias que integram o pacote mal começaram a ser votadas. Na Casa Civil, comandada pela ministra Dilma Rousseff, já se admite que 9% das 50 obras de infra-estrutura que integram o PAC podem acabar não saindo do papel.
Nos primeiros três meses do segundo mandato, essa confusão gerencial certamente foi mais percebida com a crise no setor aéreo. Ela é responsável pelo caos instaurado nos aeroportos brasileiros desde outubro de 2006 e sintetiza um estilo de tomada de soluções que parecem satisfatórias no momento, mas acabam sem resultado. “É muita conversa e pouca ação”, avalia o líder da minoria na Câmara, Júlio Redecker (PSDB-RS). “O governo do PT do presidente Lula é assembleísta. Tem pouca atitude”, atacou o deputado tucano. “E isso se nota claramente nos problemas não resolvidos, como é o caso do apagão aéreo.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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