Importações reduzem preço de equipamentos médico-hospitalares, diz associação
Segundo o vice-presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares (Abimed), Abrão Melnik, as importações do setor cresceram a partir de 2003, quando o dólar começou a desvalorizar, caindo para a casa dos R$ 3.
Em 2004, acrescenta o executivo, o setor comprou de outros países US$ 1,229 bilhões. Em 2005, as importações fecharam em US$ 1,572. No ano passado, elevaram-se para US$ 1,936. A expectativa para 2007 é encerrar o ano com importações acima dos US$ 2 bilhões.
Melnik diz que, com preços mais baixos em reais, quem ganha são os usuários, beneficiados com custos menores na hora de fazer exames e com a oferta maior de equipamentos sofisticados não produzidos no Brasil.
"O momento é muito favorável para os hospitais ampliarem os investimentos em novas tecnologias e modernização", avalia. "O custo de acesso está menor, o que beneficia tanto os hospitais quanto as seguradoras. As operadoras de saúde pagam menos e, com certeza, o cidadão que precisa fazer algum exame sai ganhando em custo e em acesso".
Na opinião dele, a competição com os importados não afeta a produção nacional. Ao contrário, estimula a modernização. "A indústria nacional do setor médico-hospitalar está trabalhando hoje com 90% da sua capacidade fabril".
Segundo as estimativas da Abmed, a participação dos importados neste setor é hoje de cerca de 25%, mas ainda há espaço para ocupar 60%.
"Isso não prejudicaria a industria local, porque tem mercado para todos. Existem vários segmentos tecnológicos, mais caros e mais sofisticados, que o Brasil ainda não domina".
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