Cuiabá comemora 288 anos neste domingo de saudosismo
Mas, ao contrário do que se pensa, a evolução e o desenvolvimento advindos com os anos, apesar da introdução no cotidiano de problemas naturais de uma cidade urbanizada, não modificaram muitos dos hábitos e costumes daqueles que desde criança e por muito tempo ainda vivem aqui.
Sentar-se à beira da calçada para ver o sol se pôr e bater um belo papo com a vizinhança, observando a criançada correndo de um lado ao outro da rua, tomar o pó de guaraná bem cedinho para garantir a energia durante todo o dia, comer peixe fresco, retirado dali, do rio que deu origem ao nome da cidade, e manter a arquitetura original das casas antigas, sobretudo da região central, onde quintais ainda estão cobertos por frondosas árvores frutíferas – em que a mangueira não podem faltar.
Os prazeres antigos perpetuados na cidade também são responsáveis por fortalecer o vínculo daqueles que por algum motivo, seja profissional, afetivo ou por pura curtição, deixaram Cuiabá. A constatação é de que boa parte volta, atraída pela hospitalidade do povo local, pela sensação de que aqui é a terra natal, mesmo entre alguns que tenham nascido fora, fazendo jus ao mito da cabeça de pacu.
É para homenagear aqueles que ainda fazem da Cidade Verde um local acolhedor, repleto de cultura e história, vivenciadas a cada dia pelos antigos, que a reportagem do Diário produziu uma série de matérias em comemoração aos 288 anos desta Capital. E foi buscar neles, moradores da região central e do Porto, pontos fundamentais para o desenvolvimento da cidade, as experiências vividas no passado, comparadas à realidade atual.
O saldo de muita conversa foi um saudosismo infinito daqueles que, mesmo diante de todas as mudanças, conservam o mesmo amor por Cuiabá.
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