Governo quer fazer estudo sobre vítimas de violência
"Estaremos identificando na sociedade aqueles que declaram ter sido alvo de algum tipo de violência, especificando o tipo de violência, as conseqüências, inclusive para a sua saúde - física e mental -, e os procedimentos adotados por ele: se deu queixa, se acompanhou, se houve processo e julgamento. Queremos um perfil abrangente", explicou Nunes.
A Senasp, com base em algumas pesquisas de vitimização feitas em cidades isoladas, calcula que os registros policiais retratam apenas de 15% a 20% da violência ocorrida no país. Ou seja, 80% das vítimas não registrou queixa. Como explicou Corrêa, a secretaria já criou um banco com os registro de ocorrências policiais das capitais e cidades com mais de cem mil habitantes. Quando tiver a pesquisa pronta, vai comparar os dados.
A pesquisa vai levantar não só informações sobre violência - incluindo violência doméstica, contra as mulheres, etc - mas dados importantes como, por exemplo, sobre corrupção policial. "Se o policial exigiu algo para prestar um serviço que deveria prestar em razão da sua função, com certeza isto virá", admitiu Corrêa. Também mostrará a violência praticada por grupos marginais em determinadas áreas, como facções criminosas. Mas não se limitará ao problema nos grandes centros urbanos. Deve buscar informações sobre "questões bem típicas de uma região, como grupos de extermínio e a grilagem de terra no interior do Pará e na Amazônia em geral", admitiu o secretário.
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