Governo deve prorrogar dívidas rurais privadas
Pela proposta, articulada entre o governo, bancos, empresas e produtores, a dívida seria refinanciada com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), Giro Rural e recontratada. Seriam atendidos produtores de soja, milho, arroz e algodão. "A MP está na mesa do ministro do Trabalho (Carlos Lupi), já que os recursos do FAT que garantirão a renegociação", disse Heinze.
A dívida será renegociada em quatro anos, com carência de dois anos, ou seja, a partir de maio 2009, com vencimentos anuais até 2012, e o produtor pagaria juros de 5% ao ano, mais custos da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). Os recursos do FAT voltariam ao governo por meio do FRA a ser criado. As empresas credoras darão 20% de desconto sobre a dívida com o produtor e depositariam esse valor nesse novo fundo. Os produtores que optarem por recontratar a dívida terão, necessariamente, de pagar, à vista, 10% da dívida, volume também destinado ao FRA. A MP deve prever ainda que o produtor troque as garantias hipotecárias de bens por garantias de produto na renegociação.
O novo fundo, formado pelos 30% que viriam do atual endividamento, garantiria, portanto, a cobertura de uma possível inadimplência na renegociação. O governo, por meio do Banco do Brasil, poderia entrar ainda com uma parcela corresponde a 15% do total do endividamento. Caso a inadimplência futura supere os 45% da dívida renegociada, o Citibank entraria como a instituição financeira que assumiria o risco da operação e que teria como garantia parte dos 20% depositados pelas empresas privadas.
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