Telecomunicações investem 14,3% menos em 2006
Na avaliação do presidente da Telebrasil, Ronado Iabrudi, a tendência é que o setor continue investindo essa ordem de grandeza nos próximos anos, caso o governo não lance novas modalidades de serviços, como os chamados serviços de terceira geração (3G) ou a banda larga sem fio (WiMAX). "O setor investiu muito nos últimos anos", disse Iabrudi.
Mas mesmo que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) lance esses novos serviços ainda este ano, os investimentos só deverão ser consolidados a partir do ano que vem, na sua avaliação. De qualquer forma, é possível que haja outro ciclo de investimentos. "Se uma empresa começar a investir, as concorrentes tendem a seguir o mesmo ritmo", ilustrou o presidente da Claro, João Cox, também presente ao lançamento do estudo.
O maior esforço do setor foi no ano 2001, quando os investimentos somaram R$ 24,2 bilhões, ou o equivalente a 10,9% dos investimentos totais do Pais (FBCF) naquele ano. As empresas de telefonia fixa optaram por antecipar metas operacionais do setor e as operadoras de telefonia celular iniciaram um período de fortes investimentos, para o lançamento de serviços.
A participação do setor no Produto Interno Bruto (PIB) registrou um ligeiro declínio no ano passado, recuando para 6,2%, com receita bruta de R$ 143,8 bilhões. Em 2005, a participação havia sido de 6,3%, com a receita total de R$ 134,3 bilhões. O estudo da Telebrasil já leva em conta os novos números do PIB brasileiro divulgados na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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