Governo criará Guarda de Penitenciária e “liberará” mais 500 PMs

O secretário de Justiça e Segurança Pública, Carlos Brito, anunciou a realização de vários estudos visando a implantação da Guarda de Segurança Penitenciaria, cujo trabalho é feito atualmente pela Polícia Militar. Com isso, o Estado deverá ganhar em torno de mais 500 policiais nas ruas. A revelação foi feita na manhã desta quarta-feira durante reunião no Tribunal de Justiça com juízes criminais de Cuiabá e Várzea Grande. No encontro com os magistrados foram discutidos vários aspectos ligados à segurança, entre as quais, a redução dos atuais índices de criminalidade na Grande Cuiabá e cidades pólos.

A Guarda Penitenciária já existe em Minas Gerais e São Paulo e, para Mato Grosso, é considerada fundamental já que aumentará o número de policiais nas ruas. O Estado sofre com uma deficiência na ordem de 11 mil homens. Brito explicou que existem quatro estudos em andamento. Ele, contudo, não informou quando o projeto escolhido será colocado em prática. “Aumentando o efetivo nas ruas, a tendência é de que a criminalidade caia ainda mais” – disse o secretário.

Brito informou aos juízes que o número de homicídios na Grande Cuiabá apresentou queda de 34,61% em março, em relação a fevereiro deste ano (de 26 para 17). O número de homicídios registrados no mês de março, na Capital, foi de 17 (incluindo dois latrocínios – roubo seguido de morte) e em Várzea Grande, foram registradas duas mortes. Em Várzea Grande foram menos 66,66% homicídios entre os meses de fevereiro e março, caindo de seis para duas mortes. Em Cuiabá, o número de homicídios também apresentou queda significativa de 31,57% no número de homicídios (de 19 para 13), além dos dois latrocínios.

“Comparando janeiro com março desse ano podemos acompanhar o declínio dessa curva, com queda de 58,53% nos homicídios (de 41 para 17). Ainda não alcançamos os indicadores ideais, mas temos que reconhecer todo o esforço que o Sistema de Segurança Pública, de um modo geral, tem feito, em apenas 90 dias, para contribuir na redução da criminalidade. Sem esquecer aí, o esforço da própria sociedade, que tem sido parceira na condução desse processo” – disse o secretário.

A redução dos níveis de criminalidade se deve, especialmente, segundo Brito, ao trabalho realizado pela Polícia no cumprimento de mandados de prisão. Nas últimas semanas, foram realizadas dezenas de operações conjuntas entre Polícia Militar e Polícia Civil. O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Adailton Evaristo de Moraes Costa, disse que neste primeiro trimestre foram apreendidos 217 armas de fogo. Foram feitas ainda 188 atuação de entorpecentes com prisão em flagrante de 217 elementos.