Chinaglia apóia endurecimento da negociação com controladores de vôo
O acordo, que pôs fim a um motim iniciado no Cindacta-1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), previa a não-punição aos grevistas. Nesta terça, após reunião com representantes da categoria, Bernardo negou o acordo e disse que foi firmado apenas um compromisso de se cancelar algumas transferências.
Chinaglia disse que os controladores "precisam saber que há ordenamento democrático e jurídico" no país. Na opinião do presidente da Câmara, o motim --que praticamente paralisou o espaço aéreo do país-- foi realizado sem que os controladores tivessem a consciência de que suas ações ficariam subordinadas à autoridade militar.
"Quando fazem rebelião, imaginam que a mais alta autoridade ficaria subordinada a ações pouco refletivas. Cometeram um grave erro. Não podemos temer ameaças", afirmou.
Durante reunião com o conselho político, pela manhã, Lula comunicou que decidiu voltar atrás na sua decisão de acatar os pedidos dos controladores para que não recebessem punições em conseqüência do motim.
O líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), disse que Lula relatou recuou após ouvir seus principais auxiliares e comandantes militares.
"O presidente estava fora do país, tinha que agir diante de tantos aeroportos paralisados. Agora a própria Aeronáutica vai resolver o problema e terá sua autoridade preservada", afirmou o líder.
Sobre a possibilidade de o governo enviar para o Congresso projeto que concede anistia aos controladores envolvidos no motim, Chinaglia disse que por enquanto essa hipótese "é pura especulação". "Não vi ninguém no Congresso propor essa anistia", afirmou.
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