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Nacional
Terça - 03 de Abril de 2007 às 16:03

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O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), apoiou a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de voltar atrás no acordo firmado na sexta-feira pelo ministro Paulo Bernardo (Planejamento) com controladores de tráfego aéreo.

O acordo, que pôs fim a um motim iniciado no Cindacta-1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), previa a não-punição aos grevistas. Nesta terça, após reunião com representantes da categoria, Bernardo negou o acordo e disse que foi firmado apenas um compromisso de se cancelar algumas transferências.

Chinaglia disse que os controladores "precisam saber que há ordenamento democrático e jurídico" no país. Na opinião do presidente da Câmara, o motim --que praticamente paralisou o espaço aéreo do país-- foi realizado sem que os controladores tivessem a consciência de que suas ações ficariam subordinadas à autoridade militar.

"Quando fazem rebelião, imaginam que a mais alta autoridade ficaria subordinada a ações pouco refletivas. Cometeram um grave erro. Não podemos temer ameaças", afirmou.

Durante reunião com o conselho político, pela manhã, Lula comunicou que decidiu voltar atrás na sua decisão de acatar os pedidos dos controladores para que não recebessem punições em conseqüência do motim.

O líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), disse que Lula relatou recuou após ouvir seus principais auxiliares e comandantes militares.

"O presidente estava fora do país, tinha que agir diante de tantos aeroportos paralisados. Agora a própria Aeronáutica vai resolver o problema e terá sua autoridade preservada", afirmou o líder.

Sobre a possibilidade de o governo enviar para o Congresso projeto que concede anistia aos controladores envolvidos no motim, Chinaglia disse que por enquanto essa hipótese "é pura especulação". "Não vi ninguém no Congresso propor essa anistia", afirmou.





Fonte: Folha Online

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