Prefeitura aguarda inquérito para concluir processo contra servidores
O secretário municipal de Fazenda, Guilherme Müller, chegou a declarar que a demora na conclusão da investigação se dava porque há mais pessoas envolvidas no esquema. “A delegada acha que vamos ter mais surpresas e que vai ter mais gente envolvida”, revelou Müller em janeiro.
No mesmo mês, o secretário chegou a dizer que grande parte do relatório da Delegacia Fazendária já estava pronto.
Contudo, a prefeitura, até o fechamento desta reportagem, não quis revelar quantas pessoas estão envolvidas no esquema de desvio. Em fevereiro, o prefeito Mauro Mendes (PSB) determinou o afastamento dos 10 servidores ligados na fraude, já que os outros cinco eram comissionados e foram demitidos quando o socialista assumiu a gestão. Se comprovadas as fraudes, os funcionários serão exonerados.
Os afastados são funcionários efetivos e atuavam nas secretarias de Serviços Urbanos, Meio Ambiente e Assuntos Fundiários, Fazenda, Gestão e na Procuradoria Fiscal. Com a determinação, eles estão proibidos de acessar seus locais de trabalho. As 15 prisões aconteceram cinco meses após o então prefeito Chico Galindo (PTB) solicitar investigação para apurar fraudes no acesso do banco de dados do Sistema de Administração Tributário de Cuiabá.
À época em que a Operação foi deflagrada, a Polícia Civil revelou que pelo menos 50 pessoas físicas também estariam envolvidas na fraude. As investigações iniciais apontaram que o esquema funcionava há pelo menos dois anos, por isso ainda não seria possível precisar o tamanho do rombo causado no erário. De acordo com o secretário de Fazenda, só foi possível desconfiar do esquema quando uma dívida de R$ 17 mil “sumiu” do sistema da Prefeitura de Cuiabá e o valor não entrou nos cofres públicos.
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