De 1996 a 2005, Brasil cresceu menos que ricos
Dados compilados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgados nesta semana em Roma, mostram que entre 1996 e 2005, a expansão do Brasil ficou em 2,2% em média.
Nas nações consideradas desenvolvidas, a taxa média de crescimento de 1996 a 2005 foi de 2,7%.
No mesmo período, os emergentes avaliados pela OCDE apresentaram expansão média da economia maior do que a brasileira. A média emergente, excluindo o Brasil, ficou em 5,1%.
A China teve crescimento médio de 9%, seguida pela Índia, com 6,4%, Turquia, 4,3%, Rússia, 4%, México, 3,7%, e África do Sul, 3,3%.
Suíça, Alemanha, Itália e Japão apresentaram os piores desempenhos, cresceram em média menos de 2% ao ano entre 1996 e 2005.
Segundo o levantamento, República Tcheca, Polônia, Hungria e Eslováquia, países do antigo bloco comunista, tiveram quedas expressivas nos primeiros anos de transição para a economia de mercado. Mas, agora, estão entre os que apresentam crescimentos mais altos. A expectativa é de que fiquem acima da média até 2007.
Para a OCDE, organização que reúne 30 membros da Europa, América do Norte, Ásia e Oceania e mantém relações com mais de 70 países, um dos problemas que afetam o crescimento brasileiro é o nível de investimentos em formação de capital, tanto na compra de máquinas e equipamentos, quanto na construção de novas instalações para fábricas.
Os investimentos nessa área representaram 21,8% do PIB das economias mais ricas em 2005. No Brasil, a taxa foi de 19,9%.
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