Marta Suplicy deixa grupo aliado apreensivo
O deputado federal Jilmar Tatto, por exemplo, passou a apoiar abertamente a pré-candidatura da ministra já em 2008.
"O momento não é oportuno para esse tipo de discussão, é hora de pensar no PAC [Plano de Aceleração do Crescimento]. Mas eu defendo que a Marta seja candidata a prefeita de São Paulo pelo que ela representa e até pela importância que a capital tem no apoio ao presidente Lula", disse ele, que, caso ela desista de concorrer, deverá se lançar pré-candidato ao cargo.
O temor dos petistas próximos da ex-prefeita (2001-2004) é que sua desistência estimule uma eventual candidatura de Arlindo Chinaglia, o atual presidente da Câmara, elogiado pela ministra na entrevista.
Parte dos "martistas" avalia que ela, de fato, está propensa a ficar quatro anos na Esplanada, o que enfraqueceria seus aliados na capital em 2008.
Outro grupo, no entanto, acha que Marta fez uma declaração estratégia ao mirar o Palácio dos Bandeirantes simplesmente para ficar fora do tiroteio político-eleitoral sobre a sucessão de Lula, já que também é tida como "presidenciável".
Além disso, ela estaria "ganhando tempo" para decidir. Os defensores dessa tese dizem que a ministra irá aguardar até março do ano que vem para um posicionamento definitivo.
O cálculo levaria em consideração o que eles chamam de "fator Geraldo Alckmin": se o ex-governador tucano, que está atualmente em período de estudos nos EUA, anunciar até a data que vai concorrer a prefeito e estiver bem nas pesquisas, a petista pode desistir da eleição do ano que vem.
De outro lado, caso Alckmin também decida concorrer à sucessão do também presidenciável José Serra, Marta pode aceitar um "clamor" do PT para concorrer na eleição paulistana.
Além de Tatto e de Chinaglia, reservadamente o deputado federal José Eduardo Cardozo e o estadual Rui Falcão têm manifestado interesse na eleição do ano que vem.
Todos, no entanto, admitem abrir mão se a ministra quiser disputar.
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