Equador: meios de comunicação pedem diálogo

Representantes de diversos meios de comunicação do Equador pediram hoje diálogo e respeito mútuo ao presidente do país, Rafael Correa, que já bateu de frente em diversas ocasiões com a imprensa e os jornalistas.

Em reunião realizada nesta segunda-feira em Guayaquil, representantes da Associação Equatoriana de Radiodifusão (AER), da Associação de Editores de Periódicos e responsáveis por canais de televisão elaboraram uma carta dirigida a Correa, com o intuito de moderar o confronto.

Andrés Mendoza, presidente da AER, disse em entrevista coletiva que proporão um "diálogo constante e de mútuo respeito entre os meios de comunicação e o presidente da República".

Além disso, defendeu "a liberdade de imprensa, de opinião, de expressão e de pensamento", rejeitou "fatos de violência ocorridos contra jornalistas" no país, querendo um encontro em breve com Correa, para tratar estas questões.

Mendoza disse que "os meios de comunicação, como porta-vozes permanentes da opinião pública, expressam seu compromisso com a consulta popular como um mecanismo idôneo e democrático para conhecer a expressão do povo equatoriano".

No sábado, em sua fala em cadeia nacional de rádio, Correa assegurou que defenderá com todo rigor a liberdade de expressão no país, embora tenha opinado que há "jornalistas mais antipáticos que um câncer no pâncreas", sem citar nomes.

Também disse que alguns meios de comunicação tiraram suas declarações de contexto, após insistir em que em seu país, sem generalizar, "há imprensa corrupta, medíocre e incompetente".

Em todo caso, o governante equatoriano assinalou que seu governo "garante, absolutamente, a liberdade de expressão e a 'Imprensa Livre'".