Lula diz que saiu dos EUA sem "nada" para o Brasil
"De todas as reuniões que participei com o governo americano, esta foi a mais produtiva", afirmou o presidente brasileiro. Segundo Lula, os acordos assinados neste sábado em Camp David "podem garantir, definitivamente, que as relações entre os Estados Unidos e o Brasil não só são necessárias, mas são estratégicas para que a gente possa consolidar um novo modelo de desenvolvimento, uma nova política comercial e, sobretudo, uma nova maneira de tratar os problemas graves que hoje afligem o planeta".
Integração
Os Estados Unidos podem colaborar com a integração da América do Sul e com o fortalecimento da democracia e a estabilidade da região, disse neste sábado o presidente brasileiro. "Eu convidei os Estados Unidos e o presidente Bush a serem parceiros nessa integração", acrescentou.
Lula também pediu a Bush mais auxílio para estabilizar a situação no Haiti e para impulsionar o desenvolvimento. Além disso, o presidente brasileiro pediu a renovação das preferências alfandegárias dos Estados Unidos hoje dadas à Colômbia, Bolívia, Equador e Peru, em reconhecimento pela luta antidrogas na região. Elas permitem a entrada de produtos desses países nos Estados Unidos sem o pagamento de impostos e são responsáveis pela geração de 2,3 milhões de postos de trabalho.
Lula é o primeiro presidente latino-americano a ser recebido em Camp David, um local reservado somente para importantes aliados dos Estados Unidos, desde que o mexicano Carlos Salinas esteve no local em 1991. Em 1998, Bill Clinton também havia recebido Fernando Henrique Cardoso, mas foi uma visita privada, e não "oficial", como a de Lula.
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