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Sábado - 31 de Março de 2007 às 01:52

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A promotora da Justiça Militar, Ione de Souza Cruz, disse na noite de sexta-feira que nenhum dos controladores de vôo militares amotinados em Brasília tenha sido preso em decorrência da paralisação dos trabalhos.

A informação de que 18 dos militares teriam sido presos havia sido dada pelo advogado Normando Cavalcante, que representa os controladores, no início da noite. Consultado uma segunda vez pela Reuters, por telefone, Cavalcante confirmou que as detenções não ocorreram.

"O Ministério Público Militar foi acionado, mas diante da situação não demos voz de prisão a ninguém. Vamos, sim, determinar a abertura de inquérito militar, qualquer que seja o desfecho desse caso", disse a promotora por telefone à Reuters.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que a Aeronáutica "conversasse" com os controladores de vôo. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, foi à sede do Cindacta-1, responsável pelo controle de vôo em Brasília, para estabelecer negociações com os amotinados.

As promotoras Ione de Souza Cruz e Ana Carolina Scultori Teles foram destacadas para verificar na sede do Cindacta-1, uma "situação de anormalidade" comunicada pelo comando da Aeronáutica na tarde desta sexta-feira.

"Encontramos entre 80 e 90 militares que se recusavam a cumprir a tarefa de controlar o tráfego aéreo. É uma situação que pode caracterizar recusa de obediência individual, desacato e motim, o que será determinado no devido inquérito", afirmou a promotora Ione de Souza Cruz.

Segundo a promotora, nem ela nem a colega ouviram relatos sobre a deflagração de uma greve de fome entre os militares, como havia sido informado também pelo advogado dos controladores. (Reportagem adicional de Fabio Murakawa)





Fonte: Reuters

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