MP desmonta esquema de venda de diplomas em Alta Floresta
O promotor confirmou há pouco ao RMT Online que os alunos recebiam o diploma sem freqüentar nenhuma aula. "Os diplomas eram comprados. Bastava procurar a residência onde funcionava a suposta escola, acertar os valores e aguardar em casa a chegada dos diplomas", disse. Os documentos eram expedidos por uma escola do Rio de Janeiro.
Além da venda de diplomas, a promotoria já confirmou também que a Escola de Supletivo Novo Milênio, investigada pelo Ministério Público (MP) também não tem autorização do Conselho Estadual de Educação de Mato Grosso, e atuava irregularmente em Alta Floresta. A escola funcionava em uma residência comum, e não havia carteiras escolares e nem salas de aula.
Os mandados de busca e apreensão no local foram cumpridos na tarde de quarta-feira (27). Ninguém foi preso durante a ação do MP, acompanhada pela Polícia Militar. Mas a escola fechou as portas e parou de funcionar.
Segundo informações da Assessoria Pedagógica do município, os nomes dos donos da escola que vendia diplomas ainda não foram identificados. Está identificado apenas o primeiro nome de um dos acusados, Marcelo. Antes de atuar em Alta Floresta, a escola teria funcionado também na cidade de Colíder, (distante 160 quilômetros de Alta Floresta). As ações da escola em Colíder também devem ser investigadas.
Todos que compraram diplomas da instituição poderão perder o documento de primeiro e segundo graus, e ainda poderão responder na justiça por crime de falsidade ideológica.
Este ano o Ministério Público de Mato Grosso descobriu outro esquema semelhante. No final de janeiro o pastor Eliezer Martins foi preso, acusado de vender diplomas falsos de primeiro e segundo graus. Ele foi denunciado por estelionato e falsidade ideológica. Eliezer, que ficou preso durante alguns dias em Sinop, já está em liberdade. Ele teria atuado em várias cidades do Estado e cada diploma custava até R$ 800. As últimas cidades por onde ele passou foram Cláudia e Barra do Garças.
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