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Economia
Quinta - 29 de Março de 2007 às 13:17

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O aumento da taxa de desemprego para 9,9% em fevereiro (ante 9,3% em janeiro) já era esperado e a expectativa é que a taxa suba mais uma vez em março, segundo o gerente da pesquisa mensal de emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cimar Azeredo. "Há uma sazonalidade no primeiro trimestre e a taxa no mês de março tende a ser maior, como ocorre historicamente", disse.

Ele explica que, além da dispensa dos temporários contratados no final do ano anterior, que ocorre ao longo do primeiro trimestre, março é o mês em que a atividade econômica começa a acelerar e um número maior de pessoas começa a procurar emprego, pressionando a taxa.

Já em fevereiro, segundo ele, a taxa teve impacto da dispensa dos temporários e do retorno à busca por uma vaga, que se intensifica em março. "Até desempregado tira férias (de procurar emprego) e agora (em fevereiro e março) recomeça a buscar trabalho", disse Azeredo.

A permanência do número de desocupados nas seis principais regiões metropolitanas do País em fevereiro deste ano (2,32 milhões), em número exatamente igual ao do mesmo mês de 2006, mostra que o crescimento da economia do ano passado não foi suficiente para gerar vagas e "para a gente sentir esse crescimento refletido no mercado de trabalho", segundo Azeredo.

Para ele, o que ocorreu positivamente em 2006, e que também permanece no início de 2007, é a melhoria da qualidade do mercado de trabalho, com aumento na formalidade e no rendimento dos trabalhadores.

De acordo com o gerente do IBGE, é possível que o ano de 2007 não mostre alterações significativas no mercado de trabalho em relação ao ano passado. "O ano de 2007 se mostra, e é bom ressaltar que é muito cedo para levantar isso ainda, que será parecido com 2006, com timidez muito forte para acelerar o nível de contratações. Isso é o que se mostra até agora, mas o quadro pode mudar totalmente no início do segundo trimestre", disse.

Rio e Belo Horizonte

As regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte pressionaram o aumento da taxa de desemprego média apurada pelo IBGE em seis regiões em fevereiro. No Rio, a taxa subiu de 6,6% em janeiro para 7,5% em fevereiro, pressionada pelas demissões de temporários contratados pelo setor de turismo. Em Belo Horizonte, a taxa aumentou de 8,4% para 9,3% de um mês para o outro mas, neste caso, o gerente da pesquisa mensal de emprego, Cimar Azeredo, disse que não foi possível perceber o motivo desse movimento.

Na região metropolitana de São Paulo, que tem peso de cerca de 40% na pesquisa, a taxa de desemprego passou de 10,1% em janeiro para 10,6% em fevereiro mas, de acordo com Azeredo, segundo a metodologia do instituto, não houve variação estatisticamente significativa na região.

O número de desocupados em São Paulo permaneceu estável em fevereiro ante janeiro, mas a população desocupada aumentou 4,6% no período, somando 1,02 milhão de pessoas. O rendimento médio real dos trabalhadores na região ficou em R$ 1.268,60 em fevereiro, com aumento de 4,7% ante janeiro e de 6,3% ante fevereiro de 2006.





Fonte: AE

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