Falta de álcool em alguns postos de combustíveis de Tangará da Serra
Consequentemente, a redução da entrega de álcool aos postos já causou um aumento médio de R$ 0,10 nas bombas em uma semana. O proprietário de um posto local diz que já teve que repassar o aumento para o consumidor. “Tenho combustível para dois ou três dias no máximo e o preço já aumentou”.
Desta vez, o problema não está nas usinas, que começam a colher a maior safra de cana-de-açúcar da história. O problema agora é que, com a resolução 07/2007 da Agência Nacional de Petróleo (ANP), que impede uma distribuidora de vender o combustível para postos de outra bandeira, as empresas alegam que estão com excesso de pedidos.
Como não mantinha estoque suficiente, as distribuidoras estão tendo dificuldade em atender de imediato a todos clientes. Isso confirma, infelizmente, que muitos revendedores não cumpriam com os contratos de exclusividade de bandeira e se abasteciam em outras fontes distribuidoras, diz a presidente do Sincopetro regional de Sorocaba (SP), Ivanilde Vieira.
A presidente explica que a resolução produziu o efeito de tirar do mercado as distribuidoras "paralelas", que abasteciam postos de qualquer bandeira. A prática lesava o consumidor que acreditava estar comprando o combustível com a garantia de qualidade da companhia de sua preferência. "Mas algumas empresas estão aproveitando a situação para elevar o preço, o que não é correto."
Num alerta aos donos de postos bandeirados, Ivanilde diz que aqueles que se sentirem prejudicados de qualquer forma com o desabastecimento e o não cumprimento de contrato por parte da sua distribuidora pode e deve lavrar um boletim de ocorrência de preservação de direitos.
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