Tangará da Serra: Caos instalado na prisão
Parcialmente interditada por determinação judicial há alguns meses, por falta de opção, a cadeia continua recebendo presos, mas apenas somente aqueles são presos em flagrante delito ou cometeram crimes mais graves.
De acordo com Ari Madeira, os autores de pequenos furtos e outros crimes considerados de natureza leve estão sendo liberados. E ainda disse que a Justiça não está aceitando nenhum preso transferido de outro município.
No caso da superlotação, o principal temor de Ari Madeira é a possibilidade de rebeliões. Como o presídio está instalado na área central da cidade, entre comércios, como padarias e supermercados, vizinho de hospitais e de residências, o promotor acha que a segurança de toda a população está em perigo.
Sobre os criminosos liberados por falta de vaga, o promotor acredita que o risco é duplo. Tanto o detento que volta às ruas como suas vítimas correm riscos, avaliou Madeira, entendendo que essa sensação de impunidade pode gerar conflitos entre as partes.
O promotor de Defesa do Direito Difuso e Coletivo, Reinaldo Rodrigues de Oliveira Filho, reclamou do descumprimento de medidas judiciais que determinam a transferência de presos perigosos de Tangará da Serra para outras regiões do Estado.
“A situação aqui está insustentável”, criticou o promotor, destacando que o mais grave é que há 10 dias o Ministério Público Estadual descobriu que não há nada de concreto sobre a construção de uma nova unidade prisional na cidade, que já teria inclusive recursos em caixa.
Oliveira Filho disse que está planejando a celebração de um ajustamento de conduta estipulando prazo para licitação e construção do presídio.
Esta semana, membros do Gabinete de Gestão Integrada da Justiça e Segurança Pública (GGI) estiveram em Tangará da Serra para discutir a situação do presídio e outras questões do setor.
Agora, parlamentares e autoridades da região estão se unindo e devem vir à Capital para verificar a possibilidade de agilizar o início das obras com a dispensa de licitação. Isso poderia acontecer se o Estado decidir pelo contêiner - chapa de aço -, pois há apenas uma empresa habilitada para esse tipo de construção.
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