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Nacional
Quarta - 28 de Março de 2007 às 21:40

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Depois de reduzir o número de homicídios de 80 para 24 mortes por 100 mil habitantes ao ano, Bogotá, capital colombiana, quer contribuir com sua experiência para que as grandes cidades brasileiras possam diminuir os seus índices.

Para se ter uma idéia, no Rio de Janeiro esse número gira em torno de 56. Com mais de 10 milhões de habitantes, a cidade de São Paulo registra em torno de 20, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado.

Nesta quarta-feira, Andrés Restrepo, subsecretário de Convivência e Segurança Cidadã de Bogotá, esteve em Guarulhos, na Grande São Paulo, para apresentar o que foi feito em sua cidade.

Restrepo participou da abertura do Seminário Internacional sobre Segurança Cidadã, com a presença de secretários e coordenadores de segurança de Quito (Equador), Barcelona (Espanha), Bruxelas (Bélgica) e Peruggia (Itália), entre outros.

O coordenador diz que sua vinda ao Brasil faz parte da preparação da conversa que o prefeito de Bogotá, Luis Eduardo Garzon, terá com presidente Lula em abril. O encontro acontece em Brasília.

"Sabemos que a segurança pública é um problema sério no Brasil e gostaríamos de contribuir para diminuir os índices de violência por aqui", disse.

No encontro do prefeito com o presidente Lula, entre outros assuntos, serão discutidas parcerias na área de segurança pública.

"A Colômbia é um país em conflito, com sérios problemas de narcotráfico, situação, ainda que em menor grau, vivida pelas grandes cidades brasileiras. É importante que se crie um plano de combate à criminalidade, de acordo com o que acontece em cada região.

Restrepo diz que Bogotá foi recortada em "20 subdivisões" e que para cada uma delas há um plano específico. "Temos uma cidade com 8 milhões de habitantes e 1.740 quilômetros quadrados. Cada região vive uma realidade diferente e por isso precisa de um plano diferente."

Ele dá como exemplo as regiões norte e sul da cidade. No norte, mais rico, o maior problema está concentrado furtos e roubos a residências. No sul, mais pobre, os homicídios são os que mais preocupam.

"Com base nesses dados, nos estruturamos e tentamos atacar o problema. A violência não se coíbe apenas com a repressão, mas com programas sociais. Analisamos diariamente os dados e se percebemos alterações significativas, concentramos esforços nessas regiões", diz.

Vigilância 24 horas

Restrepo diz que uma das experiências que deu certo foi estreitar a comunicação de taxistas e seguranças particulares com a polícia local.

Ele conta que metade dos 46,5 mil taxistas tem em seus veículos um sistema de radiocomunicação interligado com a polícia. O mesmo acontece com seguranças particulares e de residências. Em São Paulo, calcula-se em 32 mil o número de taxistas.

"Dessa maneira, quando acontece qualquer caso presenciado por eles, a polícia é imediatamente avisada. E isso tem nos ajudado muito", diz.





Fonte: Terra

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