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Economia
Quarta - 28 de Março de 2007 às 21:04

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que o Brasil deve alcançar um déficit nominal zero antes de 2010. Ele também previu que a relação dívida/PIB deve cair para 35% em 2010. Segundo o ministro, a revisão do crescimento do PIB em 2006, para 3,7%, já reduziu o patamar atual, baixando a relação a relação dívida/PIB de 50% para 44,9%. "Isso significa que o Brasil deve menos hoje."

O ministro disse ainda que o déficit nominal foi reduzido de 3,3% para 3% em 2006. O ministro destacou que, hoje, o Brasil poderia fazer parte do Tratado de Maastricht, pelo qual os países da União Européia se comprometeram a não fazer um déficit nominal acima de 3%. "A trajetória de déficit nominal é cadente e tendendo a zero", disse o ministro. Ele, no entanto, não quis fazer uma previsão de quando o Brasil irá zerar seu déficit nominal. "Não tem prazo. É uma tendência. Estamos fazendo a conta", disse. Ele ponderou, entretanto, que é perfeitamente possível ter um déficit nominal zero antes de 2010, já que o volume de juros sobre o PIB irá cair.

Política fiscal

Mantega afirmou que o fato de os novos dados PIB mostrarem uma redução na relação dívida/PIB não vai levar o governo a mudar a política fiscal. "O governo vai continuar seguindo a política fiscal que nos trouxe até aqui. Vamos manter a filosofia que permitiu o crescimento que estamos tendo na economia", disse o ministro. Ele enfatizou que os novos dados do PIB não vão levar a mudanças nos valores absolutos estabelecidos para as metas fiscais, e também para as despesas previstas no Projeto Piloto de Investimentos (PPI).

"Não há cogitação de se mexer nos valores absolutos do superávit primário de 2007 que estão definidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). A responsabilidade fiscal é um compromisso do País e auferimos muitas vantagens por causa dela. O presidente Lula não abre mão deste compromisso", enfatizou. O ministro comemorou o fato de hoje o País ter alcançado a menor taxa de risco-país e se alinhado à média dos países emergentes, fato inédito.





Fonte: Ae

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