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Cidades/Geral
Quarta - 28 de Março de 2007 às 16:00

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A incidência de doenças nas plantas de soja preocupa e muito os produtores rurais e é objeto de estudos de vários pesquisadores. Para o doutor na área de Solos e Nutrição de Plantas, Tsuioshi Yamada, do IPNI International Plant Nutrition Institute (IPNI – Brasil), o maior problema que a agricultura enfrenta hoje, são as doenças. O glifosato, na opinião do pesquisador, pode ser a causa do aumento de doenças na agricultura moderna nas culturas onde seu uso é intenso, como na soja e milho no sistema de plantio direto e nas perenes como citros, café, uva e maçã.

Na palestra - que será apresentada no TecnoCampo, em Rondonópolis/MT nos dias 30 e 31 de março – Yamada mostrará os resultados de sua pesquisa sobre o efeito de glifosato nas plantas. “O glifosato é de uso quase universal na agricultura moderna. Assim sendo, para produzir com segurança é preciso conhecer seu mecanismo de ação e possíveis efeitos colaterais negativos”, aponta o pesquisador.

A busca da agricultura sustentável, segundo Yamada passa por técnicas que podem ajudar o produtor rural a aumentar a produtividade como o uso de adubação balanceada do sistema de produção, rotação de culturas e plantas de cobertura de inverno.

De acordo com o pesquisador, o glifosato pode causar deficiência de manganês, que é vital para a defesa da planta contra patógenos (organismos-fungos, bactérias, vírus, etc- encontrados comumente na natureza). “Sugiro então, vários processos para mitigar o efeito negativo do glifosato como ter alto teor de cálcio no solo, usar manganês na adubação de plantio e também via foliar e esperar pelo menos 2 a 3 semanas entre a dessecação (das plantas de cobertura como o milheto ou a braquiária) e o plantio da próxima cultura”.

Mitos e verdades – A apresentação de Yamada no TecnoCampo norteia o debate sobre os mitos e verdades dos organismos geneticamente modificados (OGM’s). Se por um lado, o glifosato pode ser a causa do aumento de doenças na agricultura moderna, por outro, estudos apontam que os OGM’s viabilizaram o plantio direto, com benefícios sobre a conservação do solo, seqüestro de carbono, redução do uso de máquinas, manejo das culturas e outros benefícios. Na opinião de alguns pesquisadores ficou mais fácil plantar e colher soja, milho e algodão com a incorporação dos genes para resistência a herbicidas.

De acordo com o pesquisador, Doutor em Fitopatologia, José Roberto de Menezes, após dez anos de uso, a biotecnologia trouxe mais benefícios do que problemas para a sociedade. Esta tecnologia, conforme Menezes, possibilitou a implantação do modelo de produção com maior preservação dos recursos naturais e redução do uso de insumos modernos.

O debate sobre transgênicos será mediado por Dario Minoru Hiromoto, diretor-superintendente da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso, realizadora do TecnoCampo 2007.





Fonte: O Documento

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