BC prevê crescimento de 4,1% e inflação de 3,8%
A justificativa da autoridade monetária para esperar um crescimento maior está baseada nos resultados recentes da atividade econômica, principalmente na melhor expectativa em relação à indústria e ao setor de serviços, que tiveram as previsões elevadas de 4,7% e 2,4% para 5% e 2,6%, respectivamente. O documento ressalta ainda que o possível impacto do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) não está contabilizado na projeção.
"Ressalte-se que a revisão na estimativa do PIB incorpora apenas os resultados recentes da economia, não considerando tanto os futuros efeitos positivos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) anunciado pelo governo, quanto as alterações de metodologia das contas nacionais efetuadas pelo IBGE", de acordo com o relatório.
A previsão da autoridade monetária continua abaixo do parâmetro que consta do PAC, que é 4,5%, mas que também deverá ser revisto.
A revisão será necessária porque, na semana passada, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou uma nova metodologia para as contas nacionais que resultou em um PIB maior de 2002 a 2005. O dado referente ao ano passado, de 2,9%, poderá ser alterado em nova divulgação do instituto ainda nesta manhã.
Com a mudança, o ministro Guido Mantega (Fazenda) afirmou que os parâmetros que constam do PAC serão alterados.
Inflação
Sobre a inflação, a previsão está dentro da meta, que é um IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de 4,5%, com margem de tolerância de dois pontos para cima ou para baixo.
As previsões do BC para inflação levam em conta o chamado cenário de referência, que é uma taxa Selic estável em 12,75% e um dólar cotado a R$ 2,10, ante R$ 2,15%.
Já no cenário de mercado, que trabalha com os dados da pesquisa feita semanalmente pelo BC junto a analistas do mercado financeiro, a previsão de inflação para este ano foi revista de 4,3% para 4%.
Para 2008, a previsão é de um IPCA DE 5%.
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