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Nacional
Terça - 27 de Março de 2007 às 19:36

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O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, pediu hoje a redução na taxa de juros para os financiamentos agrícolas, hoje em 8,75% ao ano para a maior parte das operações de crédito. O ministro lembrou que essas taxas são as mesmas desde que a taxa básica (Selic) "era de mais de 20%" e quando a inflação estava entre 6% e 7%. "Como houve uma redução de tudo isso (Selic e inflação), acho que agora é importante se pensar nisso (redução das taxas para a agricultura)", disse Stephanes, que se negou a citar um porcentual ideal para as operações do setor.

A opinião do ministro aponta para uma trégua e um discurso afinado entre ele a bancada ruralista, que apoiava o deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR) para a pasta da Agricultura, em detrimento de Stephanes entre os nomes indicados pelo PMDB. Há duas semanas, os deputados ruralistas foram ao Banco Central e ao Ministério da Fazenda com a mesma pauta defendida hoje pelo ministro.

Ao contrário da posse, na sexta-feira, vários representantes da bancada do agronegócio estiveram na transmissão de cargo entre Luís Carlos Guedes Pinto e Stephanes. Entre eles o presidente da Comissão da Agricultura, Marcos Montes (PFL-MG), convidado por telefone pelo ministro. Além de Montes, estavam na cerimônia os deputados Odacir Zonta (PP-SC), Luiz Carlos Heinze (PP-RS), Waldemir Moka (PMDB-MS) e Darcísio Perondi (PMDB-RS). A cerimônia foi prestigiada ainda pelo presidente nacional do PMDB, deputado federal Michel Temer (SP), pelos governadores André Puccinelli (PMDB-MS) e José Roberto Arruda (PFL-DF), além dos ministros Nelson Machado (Previdência) e Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário).

Ruralistas

Stephanes disse que com "muita facilidade" irá se entender com a bancada ruralista e com a Comissão de Agricultura, já que "todo homem público tem de ter a capacidade de ouvir a todos e de ouvir as críticas que venha a receber". O ministro lembrou ainda que se encontrou com o governador Blairo Maggi (PR-MT) no final de semana e disse que a conversa foi muito boa e que não chegou a discutir cargos possivelmente indicados pelo governador.

Sobre as mudanças no segundo escalão do ministério, Stephanes afirmou que elas vão ocorrer, mas que serão pequenas, já que "nós somos um mesmo governo e sucedemos ministros que tiveram boas administrações e adotaram medidas de estruturação", afirmou o ministro, numa referência aos seus antecessores Roberto Rodrigues e Guedes.





Fonte: AE

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