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Polícia Brasil
Terça - 27 de Março de 2007 às 15:09

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A Secretária de Estado Justiça e Segurança Pública (Sejusp) determinou a instauração de Processo Administrativo Disciplinar para apurar a suspeita de facilitação de fuga de presos da Cadeia Pública de Alta Floresta.

De acordo com o inquérito policial nº. 36/2006, denúncia do Ministério Público Estadual da Comarca de Alta Floresta, foram apontadas irregularidades e envolvimento de um agente na fuga 11 presos, ocorrida no dia 4 de dezembro de 2006. Os reeducandos da Cadeia Pública de Alta Floresta escavaram buracos nas paredes das celas B e C e empreenderam fuga por volta das 03h.

No Diário Oficial, que circula hoje, consta que o agente prisional Durval Borges Cassimiro, vulgo "Sam", teria entregado uma barra de ferro aos reeducandos, que antes tinha sido apreendida anteriormente em revistas. Ele está sendo acusado de proceder de forma desidiosa, receber propina e improbidade administrativa.

Os outros agentes suspeitavam que as barras de ferros encontradas e apreendidas nas celas estavam sendo devolvidas aos reeducandos por algum agente prisional. No caso Durval.

Por suspeitas, os agentes tiveram a idéia de fazer um sinal na barra para identificá-la, e depois a encontrou no armário de Durval. Após a fuga ocorrida em Dezembro, a citada barra fora encontrada dentre as utilizadas pelos reeducandos para empreender fuga.

Durval já foi afastado pelo prazo de 60 dias das funções para que não venha a influir na apuração das irregularidades.

Os servidores Óttoni Cézar Castro Soares, José Conceição dos Santos Arruda e Angela Quatti Nogarol serão os responsáveis pela apuração dos fatos no prazo de 60 dias.

Além dos reeducandos da cela B e C, também fugiu uma reeducanda, Inês Lopes, cuja cela estava sem cadeado e sem qualquer marca de arrombamento. O responsável pelas chaves dos cadeados era o senhor Durval. Importante acrescer que o cadeado da cela da detenta Inês Lopes não foi localizado.

Tal reeducanda, era companheira do reeducando Claudionesio colocado em liberdade dias antes. O servidor Durval costumava ser visto com um veículo saveiro, de propriedade o ex-reeducando Claudionesio. Durval inclusive negociou a venda do veículo pelo valor de R$ 3,5 mil.

Propina

O servidor Durval, plantonista do dia 04/12/2006, teria facilitado a fuga e recebido vantagem indevida correspondente a R$ 5 mil do ex-reeducando Claudionésio Ramos vulgo "Negão" e R$ 10 mil do reeducando Amarildo Soares do Pinho. O primeiro montante para facilitar a liberação ilegal da reeducanda Inês Lopes e o segundo para permitir a fuga dos demais.

O servidor Durval também é acusado de porte ilegal de arma. Durante seus plantões, o servidor Durval portava uma arma de fogo tipo espingarda, apesar de não possuir o porte de arma de fogo.

Inquérito policial

Há fortes elementos probatórios nos autos do inquérito policial que indicam que o senhor Durval estava no pátio quando os reeducandos se aglomeravam em um canto saindo pelo buraco da parede da cela. Porém nada fez para impedir a fuga, muito pelo contrário, teria auxiliado diretamente, abrindo o cadeado da detenta Inês Lopes e deixando o portão principal somente encostado.





Fonte: RMT-Online

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