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Tecnologia
Sexta - 05 de Abril de 2013 às 10:51

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A Microsoft corre o risco de se tornar uma companhia irrelevante no setor de tecnologia daqui a quatro anos, aponta um estudo do Gartner divulgado na quinta-feira. A única saída, segundo o relatório, seria ganhar mercado com tablets e smartphones, uma vez que o segmento de PCs está em franco declínio.

 

A pesquisa indica que cada vez mais as pessoas usarão os tablets como seu principal computador pessoal, e também que os aparelhos Android - sistema operacional móvel do Google - vão superar os equipamento Windows - móveis, desktops e notebooks - até 2017.

 

A venda de equipamentos com sistemas da Microsoft, daqui a quatro anos, será quase equivalente, em percentual, à de iPhones e iPads da Apple - algo que não corre desde os anos 1980, quando as hoje gigantes inauguraram o mercado de computação pessoal.

 

A partir de 2015, segundo o Gartner, a comercialização de tablets e smartphones vai superar a de computadores pessoais desktop e notebooks. Assim, o Android e o iOS, sistema operacional móvel da Apple, tornam-se os principais SOs do mercado. O Android, por exemplo, estará em mais de um bilhão de dispositivos já em 2014.

 

Ultraportáteis como o Surface Pro, com OS de desktop, seguram segmento de notebooks e PCs Foto: Divulgação
Ultraportáteis como o Surface Pro, com OS de desktop, seguram segmento de notebooks e PCs
Foto: Divulgação

"Vencer no segmento de tablets e telefones é critico para que (a Microsoft) permaneça relevante", avalia a analista Carolina Milanesi, do Gartner. O estudo reforça que a tendência é que aparelhos ultraportáteis como o Surface Pro e ultrabooks finos e leves ganhem espaço nos próximos anos, à medida que os usuários buscam mais mobilidade.

 

Mais que hardware, uso
Carolina reforça que a mudança do hardware vai além dos equipamentos e perpassa a questão do software também. "O que acontece quando o Office não for a melhor forma de ser produtivo no trabalho?", aponta. O Office corresponde a quase metade do lucro com licenças em cada PC vendido com o Windows.

 

 Foto: Mike Blake / ReutersFoto: Mike Blake / Reuters

A analista ainda destaca a questão da integração de dispositivos. "O Android vai chegar a volumes três vezes maiores que o Windows. Do ponto de vista do consumidor, a questão passa a ser: que programa você quer usar para ter o mais alcance entre seus dispositivos?", aponta.

 

Outro ponto crucial em relação aos rumos da tecnologia é em relação ao tipo de mudança que a escolha de um ou outro aparelho pessoal de computação representa. "Muita gente acha que essa mudança é a mesma de quando as pessoas saíram de desktops para laptops. Mas isso está errado. O laptop era mais móvel do que o desktop, mas com o tablet ou o smartphone há maior adesão à nuvem para compartilhamento de arquivos e para acesso a conteúdos", comenta.

 

"Além disso, é mais desenvolvida em direção ao consumo de conteúdo do que à produção. Todos esses fatores farão o consumidor olhar para o sistema operacional e para o que os aplicativos lhe oferecem", continua Carolina. Ela ainda destaca que em mercados emergentes, isso já acontece, pois quem está para adquirir o primeiro eletrônico do gênero não opta por um PC, mas por um tablet.





Fonte: Terra

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